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Empréstimos do valerioduto equivalem a metade daqueles usados no mensalão
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM BELO HORIZONTE
Os empréstimos bancários
que alimentaram o valerioduto
tucano em Minas, em 1998, representam 51% dos valores movimentados também pelas extintas agências do empresário
Marcos Valério de Souza no caso do mensalão petista, cinco
anos depois (em 2003 e 2004).
Enquanto a fracassada tentativa de reeleição do então governador Eduardo Azeredo
(PSDB) teria recorrido a sete
empréstimos somando R$ 28,5
milhões (sendo R$ 21 milhões
do Banco Rural), o mensalão do
PT teria movimentado em seis
empréstimos R$ 55,9 milhões.
Esses são os valores originais
citados nas duas denúncias
apresentadas ao STF (Supremo
Tribunal Federal).
A denúncia do mensalão petista, apresentada em 2006, foi
aceita pelo STF contra todos os
40 denunciados. A do valerioduto tucano, apresentada na
semana passada, pede o indiciamento de 15 pessoas, entre
elas o atual senador Eduardo
Azeredo e o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia (PTB).
Um fato que distingue o episódio envolvendo o PSDB do
que envolve o PT é que no primeiro caso os empréstimos foram quitados em 1998 e 1999.
No caso do mensalão, as dívidas não foram quitadas, o que
levou Valério a ingressar com
ação de cobrança contra o PT.
Ele cobra os R$ 55 milhões e
mais juros, atualização monetária e encargos financeiros, o
que pode dobrar o valor. A Justiça no Distrito Federal não
aceitou a ação contra o PT, mas
Valério recorreu.
A PF, ao investigar as contas
de Azeredo -que declarou ter
gastado na tentativa de reeleição R$ 8,5 milhões-, disse que
as agências de Valério usaram
cerca de R$ 5,6 milhões em espécie e sem origem identificada
para quitar parcelas de empréstimos obtidos em bancos entre
1998 e 1999.
A suspeita levantada pelo
procurador-geral Antonio Fernando Souza é que os sete empréstimos do caso tucano deram a cobertura financeira ao
esquema, sendo que dois deles
teriam sido quitados com recursos públicos de estatais.
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