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Lula usa critério de
antiguidade para
escolher militares
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva, utilizou o critério de
antiguidade na escolha dos comandantes das três Forças, agradando aos militares e desfazendo
eventual mal-estar provocado pela escolha de um diplomata -José Viegas- para o cargo de ministro da Defesa.
O comando do Exército ficará
com o general Francisco Roberto
de Albuquerque, atual comandante militar do Sudeste. O comando da Marinha será passado
para o almirante Roberto Guimarães de Carvalho, atual comandante de Operações Navais; e o da
Aeronáutica, para o brigadeiro
Luiz Carlos Bueno, que é o chefe
do Estado-Maior dessa Força.
O critério de antiguidade só não
foi utilizado no caso da Aeronáutica, já que o primeiro da lista, brigadeiro Almeida Vasconcelos,
anunciou que não queria o cargo.
O Ministério da Defesa deverá
definir hoje a data da posse dos
novos comandantes (se antes, no
mesmo dia ou depois da posse do
novo ministro).
A decisão deverá ser tomada pelo atual ministro, Geraldo Quintão, em conjunto com Viegas. O
mais provável é que ocorra no dia
3 de janeiro.
O Ministério da Defesa informou que nenhum dos três novos
comandantes daria entrevista ontem. Eles deverão se reunir nos
próximos dias com Viegas para
discutir os problemas de cada
área.
Viegas é embaixador do Brasil
na Rússia e foi anunciado como
futuro ministro da Defesa por Lula na última segunda-feira.
Por não ser da área militar, sua
escolha teria causado descontentamento em setores das Forças
Armadas.
Perfis
O general Albuquerque exerceu
o cargo de assistente-secretário
do general Leônidas Pires Gonçalves, ministro do Exército no
governo Sarney (1985-90). Em
Washington, foi chefe da comissão do Exército brasileiro e adjunto do adido militar.
Albuquerque desempenhou os
cargos de chefe do gabinete do Estado-Maior do Exército, comandante da 11ª Brigada de Infantaria
Blindada, coordenador da missão
de observadores militares no processo de paz do conflito Equador/Peru, subchefe do Estado-Maior do Exército, secretário-geral do Exército, chefe do Departamento Geral de Serviço e secretário de Tecnologia e Informação.
Foi promovido ao atual posto
-comandante militar do Sudeste- em março de 2000.
O almirante Carvalho foi comandante do navio varredor Javari e do submarino Goiás, chefe
do Estado-Maior do Comando da
Força de Submarinos, comandante da fragata Independência e
diretor de Informática da Marinha.
Também foi comandante da
Força de Fragatas, diretor de Aeronáutica da Marinha, vice-chefe
do Estado-Maior das Forças Armadas, vice-chefe do Estado-Maior da Armada, comandante-em-chefe da Esquadra e diretor-geral de Pessoal da Marinha.
O brigadeiro Bueno foi comandante do 2º esquadrão do Grupo
de Transporte Especial, chefe da
5ª seção do Comando de Transporte Aéreo, comandante do 6º
Esquadrão de Transporte Aéreo,
chefe da 1ª seção do Comando
Geral do Ar, comandante da Base
Aérea do Galeão e chefe da comissão aeronáutica brasileira em
Washington.
Também foi subchefe da Aeronáutica do Gabinete Militar da
Presidência da República, chefe
do Centro de Comunicação Social
da Aeronáutica, chefe da Secretaria de Inteligência da Aeronáutica
e diretor de material bélico dessa
Força.
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