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Ex-chanceler diz que processo não prosperará
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro aposentado do
STF (Supremo Tribunal Federal), ex-chanceler e ex-integrante da Corte de Haia
Francisco Rezek disse que o
processo contra os brasileiros investigados na Operação Condor não irá prosperar, ainda que seja transferido da Itália para o Brasil.
"Sob a ótica brasileira, todos os hipotéticos crimes são
anistiados. Mesmo que não
fossem cobertos pela Lei da
Anistia, estariam prescritos", disse. Ele descartou a
possibilidade de extradição.
Rezek disse, porém, que
"há uma situação de risco"
no exterior com o eventual
prosseguimento do processo
e a possibilidade de prisão
dos indiciados caso eles visitem a Itália ou outro país da
Europa, que coopere com a
repressão a crimes contra direitos humanos.
Outra possibilidade, disse
Rezek, é a Justiça italiana pedir que um juiz federal brasileiro tome o depoimento dos
indiciados, que seriam ouvidos como testemunhas. Nesse caso, caberá ao Superior
Tribunal de Justiça dar a autorização. Para ele, se a Justiça italiana insistir na extradição, o governo brasileiro
nem sequer o enviará ao
STF.
(SILVANA DE FREITAS)
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