|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Ministério nega haver critérios políticos em ação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério do Planejamento nega que haja critérios políticos para a liberação de emendas para os parlamentares previstas no Orçamento de 2000.
Segundo a assessoria de
imprensa do ministro Martus Tavares, o Planejamento
define os limites de gastos de
cada ministério e os cortes e
bloqueios orçamentários. Os
cortes, de acordo com o ministério, são feitos de forma
homogênea, sem privilegiar
políticos aliados.
O Ministério do Planejamento, porém, não acompanha a execução do Orçamento de cada órgão da administração federal, que tem
autonomia para liberar suas
verbas de acordo com as
suas conveniências.
Mas o Planejamento garante que não há nenhuma
orientação do Executivo para os parlamentares de oposição receberem menos recursos do que os da base de
sustentação do governo federal no Congresso.
O presidente da Comissão
Mista de Orçamento, deputado Alberto Goldman
(PSDB-SP), confirma as informações do Ministério do
Planejamento.
"Garanto que não há critérios políticos para a liberação de emendas", afirma.
Goldman dá algumas justificativas para a oposição receber menos emendas do que
a situação. A principal, segundo ele, é a falta de acompanhamento dos projetos.
As emendas, justifica Goldman, necessitam de uma série de documentos para se
tornarem projetos aptos a
receber dinheiro público.
Por questões de prioridades políticas, muitas vezes os
oposicionistas deixam de
acompanhar a tramitação de
suas emendas, que são arquivadas.
Outro motivo é a pequena
quantidade de prefeitos dos
partidos de oposição. Como
boa parte dos projetos precisa de convênio com municípios, os prefeitos governistas
acabam barrando as emendas oposicionistas para não
fortalecer um adversário político.
Texto Anterior: Orçamento: Governo favorece aliados na liberação de dinheiro Próximo Texto: Aécio obtém mais recursos que Inocêncio Índice
|