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Suíça não facilita a
restituição, diz Ziegler
DO ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
O relator das Nações Unidas
para o direito à alimentação e ex-deputado do Parlamento suíço,
Jean Ziegler, disse ontem em Porto Alegre que a devolução a outros países de recursos ilegais depositados na Suíça fracassam em
90% dos casos por causa da lentidão da Justiça de seu país.
Ele havia sido questionado sobre a possibilidade de o Brasil reaver dinheiro de fiscais do Rio suspeitos de enviar ilegalmente US$
33,4 milhões para contas naquele
país, dinheiro supostamente vindo de propinas pagas por empresas monitoradas por eles.
Ziegler, autor do livro "A Suíça
Lava Mais Branco", sobre o sistema financeiro de seu país, disse
que a lei suíça permite apelações
dos acusados em cada decisão tomada durante o processo. Quando se chega a uma decisão judicial
na Suíça, o suposto crime já prescreveu no país de origem.
Ele diz que cabe à Justiça brasileira convencer um tribunal suíço
em até 120 dias após o bloqueio do
dinheiro pelo governo daquele
país de que há "fortes suspeitas de
origem ilegal" dos dólares: "Não é
necessário que os suspeitos sejam
condenados no Brasil. É preciso
que a Justiça suíça aceite abrir um
processo contra eles".
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