DA REDAÇÃO

O investidor americano George Soros elogiou ontem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e fez uma advertência ao FMI (Fundo Monetário Internacional), dizendo que, se o Fundo deixar de apoiar o Brasil, poderá provocar seu próprio fim.
Soros, que participa do Fórum Econômico Mundial, na cidade de Davos (Suíça) conclamou o sistema financeiro internacional a apoiar o Brasil e ressaltou a necessidade de que os mercados ponham dinheiro no país "com uma taxa de juros aceitável".
"Minha impressão [sobre Lula] é realmente favorável. Acho que é uma pessoa que quer promover mudanças sociais", disse Soros. "Mas é realista e entende que tem de fazer isso com uma política fiscal eficiente."
Soros afirmou que o FMI, assim como seus acionistas, têm de estar prontos para assumir a dívida da América Latina, se isso for necessário. "Se o Brasil fracassar, acho que isso provocará o anúncio da morte do FMI."
Em junho do ano passado, durante a campanha eleitoral brasileira, o financista de origem húngara, naturalizado norte-americano, chegou a afirmar que os mercados financeiros imporiam o caos se os eleitores, nas pesquisas, não optassem firmemente pelo tucano José Serra, o candidato do governo Fernando Henrique Cardoso.