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ELEIÇÕES 2004
Tucano mais bem avaliado nas pesquisas, ex-ministro descarta concorrer à sucessão de Marta Suplicy em SP
Serra diz que só disputará eleição em 2006
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-senador José Serra, presidente nacional do PSDB, afirmou
ontem, em São Paulo, que será
candidato apenas em 2006 e que
seu partido não utilizará a estratégia do "quanto pior, melhor" no
caso Waldomiro Diniz.
Serra é o tucano mais bem colocado nas pesquisas de intenção de
voto para a Prefeitura de São Paulo. Questionado pela Folha sobre
a possibilidade de disputar a eleição deste ano, ele respondeu: "Esse assunto [eleição em 2004] não
está colocado. Mas você não se
preocupe que em 2006 você vai ter
a chance de votar em mim".
Em seguida, Serra afirmou que
ainda não decidiu a qual posto irá
concorrer. As eleições de 2006 incluem, além da sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
pleitos para os governos estaduais, Senado, Câmara dos Deputados e Assembléias Legislativas.
O ex-senador e ex-ministro do
Planejamento (1995-1996) e da
Saúde (1998-2002) no governo
Fernando Henrique Cardoso
(1995-2002) convocou entrevista
coletiva ontem à tarde, na sede de
uma produtora de TV da capital,
para criticar a política econômica
de Lula -que o derrotou no segundo turno da eleição de 2002.
Segundo o tucano, o partido
não fará do caso Waldomiro Diniz o foco de sua campanha neste
ano. "Para nós, esse episódio
Waldomiro, Zé Dirceu [ministro
da Casa Civil], não tem uma conotação eleitoral. Nossa preocupação é o país. O governo se enfraquecer por questões de natureza ética não é bom para o Brasil."
Mas disse que Lula não "pode negar que o problema não existe".
Ao lado de Serra, Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado, foi mais duro ao comentar o
episódio envolvendo Waldomiro,
ex-assessor da Casa Civil flagrado
pedindo propina a um empresário do jogo em 2002: "Nós não lidamos com bicheiros no governo
FHC. Se eu tivesse que comparar
o presidente Lula a uma figura
histórica, eu compararia à Maria
Antonieta. Ele não está preocupado com o impacto da crise na economia ou com o aspecto moral.
Ele está preocupado com o impacto na popularidade dele".
A austríaca Maria Antonieta
(1755-1793) foi a última rainha da
França. Famosa pela insensibilidade social, evidenciada por seu
comentário sobre as reclamações
da população, de que não tinha
nem pão para comer ("se não têm
pão, que comam brioches"), acabou sendo guilhotinada em 1793.
Virgílio afirmou que defenderá
a criação de uma CPI que investigue as loterias no governo FHC.
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