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Filho de senador nega acusação
da Agência Folha, em São Luís
Luciano Lobão, filho do senador
Edison Lobão, disse que seu pai
não tem motivo para pedir o lacre
dos estúdios das emissoras de televisão concorrentes em Imperatriz.
"Esse pessoal não cumpre a legislação e, quando é fiscalizado,
reclama de perseguição", disse Luciano Lobão.
Lobão declarou que, se a fiscalização fosse direcionada, somente
a TV Capital (Record) teria tido
seus estúdios lacrados, já que os
proprietários das outras emissoras
teriam, de certa forma, "amizade"
com o senador.
"Se a lei diz que as TVs estavam
fazendo algo que não pode, o que a
gente tem a ver com isso?"
Para mostrar que a lei está sendo
aplicada sem direcionamento, Lobão disse que "há pouquíssimo
tempo" a emissora de sua família
também foi fiscalizada.
O delegado substituto da Delegacia do Ministério das Comunicações no Maranhão, Joaquim
Borges Neto, negou que o lacre tenha sido feito por ingerência política. Segundo Borges Neto, as
emissoras foram lacradas porque
estavam funcionado como emissoras de radiodifusão.
"Elas são apenas retransmissoras autorizadas e estavam funcionando como emissoras de radiodifusão", afirmou.
O delegado substituto declarou
que, com a interdição dos estúdios, foi "restabelecida a condição
de retransmissão prevista na legislação pertinente", o regulamento
do Serviço Especial de Repetição e
Retransmissão de Televisão.
A Agência Folha não conseguiu
falar ontem com o senador Edison
Lobão (PFL-MA) e sua mulher,
Nice Lobão.
Ligou para a casa do casal em
São Luís, mas a informação era
que os dois estavam viajando.
Entrou em contato com o gabinete dele em Brasília e a informação foi a mesma.
Tentou falar ainda com outro filho do senador, Edison Lobão Filho, administrador da rede de comunicação da família, que também está viajando, mas não houve
resposta às ligações.
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