São Paulo, sábado, 28 de fevereiro de 1998

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Filho de senador nega acusação

da Agência Folha, em São Luís

Luciano Lobão, filho do senador Edison Lobão, disse que seu pai não tem motivo para pedir o lacre dos estúdios das emissoras de televisão concorrentes em Imperatriz.
"Esse pessoal não cumpre a legislação e, quando é fiscalizado, reclama de perseguição", disse Luciano Lobão.
Lobão declarou que, se a fiscalização fosse direcionada, somente a TV Capital (Record) teria tido seus estúdios lacrados, já que os proprietários das outras emissoras teriam, de certa forma, "amizade" com o senador.
"Se a lei diz que as TVs estavam fazendo algo que não pode, o que a gente tem a ver com isso?"
Para mostrar que a lei está sendo aplicada sem direcionamento, Lobão disse que "há pouquíssimo tempo" a emissora de sua família também foi fiscalizada.
O delegado substituto da Delegacia do Ministério das Comunicações no Maranhão, Joaquim Borges Neto, negou que o lacre tenha sido feito por ingerência política. Segundo Borges Neto, as emissoras foram lacradas porque estavam funcionado como emissoras de radiodifusão.
"Elas são apenas retransmissoras autorizadas e estavam funcionando como emissoras de radiodifusão", afirmou.
O delegado substituto declarou que, com a interdição dos estúdios, foi "restabelecida a condição de retransmissão prevista na legislação pertinente", o regulamento do Serviço Especial de Repetição e Retransmissão de Televisão.
A Agência Folha não conseguiu falar ontem com o senador Edison Lobão (PFL-MA) e sua mulher, Nice Lobão.
Ligou para a casa do casal em São Luís, mas a informação era que os dois estavam viajando.
Entrou em contato com o gabinete dele em Brasília e a informação foi a mesma.
Tentou falar ainda com outro filho do senador, Edison Lobão Filho, administrador da rede de comunicação da família, que também está viajando, mas não houve resposta às ligações.



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