São Paulo, sexta-feira, 28 de março de 2008

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Ex-governador fala sobre estresse e nega "fuga"

JULIANA COISSI
DA FOLHA RIBEIRÃO

Enquanto em São Paulo os alckmistas alfinetavam os kassabistas e lançavam sua candidatura, o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) dava ontem, em Ribeirão Preto, a 313 km da capital, uma palestra sobre combate a "estresse, ansiedade e depressão".
Antes da palestra, na Faap (Fundação Armando Álvares Penteado) negou ter "fugido" dos dois compromissos organizados no mesmo dia pelo seu partido na capital. Além do ato pró-Alckmin, houve palestra de Fernando Henrique Cardoso com a presença de tucanos.
"Queria ter participado dos eventos. É que preciso ganhar o pão de cada dia", brincou.
Ele reiterou que a candidatura própria é boa "para unificar o partido". Para ele, é natural que o PSDB tenha candidato, como "sempre teve desde 1988".
Questionado se há um racha no partido, esquivou-se: "É natural ter opiniões diferentes".
Na palestra sobre a nova "medicina das emoções", ele elencou necessidades simples da vida: comer bem, dormir, praticar esportes e até fazer acupuntura.
Para uma platéia de mais políticos e leigos e menos médicos, Alckmin evitou política e tentou usar o didatismo para explicar o estresse no corpo humano. Nos slides, em tons tucanos amarelo e azul, algumas frases como "abra seus meridianos", para tentar encontrar o equilíbrio, e "sorrir é bom para a saúde", com uma seqüência de fotos de personagens do humorista Tom Cavalcante.
Em um esforço de informalidade e bom humor, Alckmin dosou a palestra com piadas curtas, seguidas de largas risadas do público. Ao fim, em tom solene, fez uma citação dita a ele por seu pai, em momentos de turbulência política: "Estás intranqüilo. Calma, calma, deixa correr o tempo".
Enquanto isso, em São Paulo, até padres declaravam voto em Alckmin. Liderando um grupo de fiéis levados em dois ônibus para o ato, a maioria sem filiação partidária, o padre Anderson Rissetto disse representar 30 padres, em nome do bispo de Campo Limpo, Emílio Pignoli. Ônibus e vans foram usados para levar eleitores.


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