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São Paulo, quarta-feira, 28 de maio de 2003

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PAINEL

Reunião calmante
Lula convocará todos os presidentes de partidos aliados e seus líderes no Congresso para uma reunião no Planalto, na semana que vem. Tentará unificar o discurso de apoio às reformas e resolver a crise provocada pela entrada do PMDB na base.

Cotovelada interna
O Planalto decidiu fazer a reunião após ouvir reclamações dos partidos aliados de que o PMDB estaria sendo privilegiado na distribuição de cargos federais. Para obter o apoio da legenda, o governo estaria nomeando peemedebistas para postos prometidos a aliados mais antigos.

Tem para todo mundo
Lula dirá aos presidentes e líderes aliados que não há privilégio ao PMDB, apenas uma dificuldade natural no preenchimento da máquina pública. E que, dentro de dois meses, todos os indicados por partidos da base já terão sido nomeados.

Lenha na fogueira
Moreira Franco (PMDB) diz que o acordo com Lula "macula" a imagem do partido. E cutuca o governo: "Prometer é fácil. Quero ver cumprir tudo sem provocar caos na base aliada".

Ação e reação
Apesar da decisão pró-governo da Executiva do PSB, a bancada da sigla no Senado procurou Genoino com um aviso: vai deixar a base se o PT continuar a assediar políticos do partido.

Vale comparar
D. Paulo Evaristo Arns e d. Tomás Balduíno foram chamados a integrar júri paralelo para os processos de expulsão de Heloísa Helena, Babá e Luciana Genro do PT. O "julgamento" será na Faculdade de Direito da USP, dia 28 de junho, o mesmo da reunião da comissão de ética.

Um dia acerta
Lúcio Gutierrez (Equador) chamou Lula de "Inácio Lula Silva", em discurso ontem no DF. Em fevereiro, quando o brasileiro o visitou em Quito, o equatoriano se referiu a ele como "José Inácio Lula da Silva".

Livre acesso
Emissários dos maiores fundos de pensão do país circulavam ontem pelo corredor das comissões na Câmara, durante a reunião da Comissão de Constituição e Justiça que tratou da reforma da Previdência.

PT versão 2003
Júlio Delgado (PPS) apresentou ofício a João Paulo (Câmara) questionando o petista sobre o motivo de ainda não ter deferido a CPI para apurar irregularidades na privatização da Telemar. O requerimento foi protocolado em 3 de abril, com as 189 assinaturas necessárias.

Longe da política
Além de não se manifestar sobre essa CPI, João Paulo quebrou a tradição e deferiu outro pedido de investigação -sobre produtos piratas - apresentado posteriormente. Detalhe: líderes do governo pressionam deputados a retirar suas assinaturas da CPI da Telemar.

Campanha no ar
Na canja de 52 minutos que Marta Suplicy (PT-SP) teve na segunda à noite, na Rede TV!, a apresentadora Luciana Gimenez não economizou elogios. Sobre os centros educacionais de SP: "Educação de primeiro mundo". Sobre a prefeita: "Sabe o que faz" e tem "coragem".

Manifestação
Faixa estendida no show de Gilberto Gil (Cultura) em Brasília, no sábado: "Ministro, lute pela legalização da maconha".

Segredos de Estado
Marcelo Déda (PT), prefeito de Aracaju, deixou a reunião de governadores, ontem, carregando a pasta de José Dirceu (Casa Civil), que ficara conversando com governadores: "Essa foi a maior proximidade que já tive do poder", brincou o petista.

TIROTEIO

Do governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB), sobre seu partido ter decidido ontem aderir à base de apoio a Lula na Câmara:
- É difícil saber o que é bom e o que é ruim para o PMDB. Há muito tempo o partido só tropeça, sem identidade, enveredando pelo fisiologismo. É como uma poupança na qual você passa muito tempo sem investir, só sacando. Um dia, vai acabar.

CONTRAPONTO

Central do Brasil

O ministro dos Transportes, Anderson Adauto, e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) participaram na segunda-feira de um programa de TV em Brasília.
Num dos blocos, a discussão era sobre a violência em São Paulo e no Rio de Janeiro. Foi veiculada reportagem sobre o assalto ao juiz Luiz Fux, ministro do STJ, agredido a golpes de marreta em sua casa, em Copacabana, na última sexta-feira.
Voltando dos comerciais, o apresentador começou a falar do plano do governo para incentivar o transporte ferroviário no país. E Adauto passou a comentar sobre um projeto de trem-bala entre SP e RJ que está sendo discutido no ministério.
Jucá levantou o dedo pedindo um aparte. E disse:
- Ministro, o senhor me permite uma sugestão?
- Claro, senador. O que é?
- Mude o nome do trem, ministro. Por favor...


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