São Paulo, quinta-feira, 28 de maio de 2009

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outro lado

Estatal diz que, como acionista, não decide doação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Petrobras afirmou que as empresas que controla (subsidiárias ou em que é majoritária) não fazem doações eleitorais. Disse ainda que, no caso daquelas em que é acionista, não decide sobre as contribuições eleitorais, embora integre o conselho e indique diretores.
"A Petrobras, suas subsidiárias e controladas não fazem doações eleitorais. Na Braskem, Quattor Participações, Quattor Químicos Básicos (antiga Petroquímica União), Rio Polímeros, Polietilenos União e Quattor Petroquímica, todas com gestão privada, a Petrobras participa dos conselhos de administração e fiscal. Nessas empresas, a Petrobras não possui ingerência na gestão executiva e seus conselhos não deliberam sobre doações eleitorais."
Em ao menos um caso, no entanto, o da Braskem, as doações foram aprovadas pelo conselho de administração, que inclui representantes da Petrobras.
A estatal afirma que na "Utingás, de administração privada, pertencente ao Grupo Ultra, a Liquigás [subsidiária da Petrobras] indicou um diretor para a diretoria colegiada, instância que não deliberou sobre doações eleitorais".
Nelson Letaif, gerente de comunicação da Braskem, diz que representantes da Petrobras "participaram só dando sua aprovação [para as doações], mas não na sua formulação".
A empresa disse que escolheu os candidatos cuja "plataforma eleitoral" e "retrospecto de sua atuação política" estavam alinhados aos objetivos da Braskem de desenvolvimento das regiões onde atua.
O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) afirmou que a doação de R$ 100 mil da Utingás foi oferecida pelo empresário Paulo Cunha, do Grupo Ultra, que controla a Utingás.
A Utingás disse que a escolha do senador e a quantia a ser doada foram decisões da "gestão operacional" da empresa.
A Ipiranga Química (atual Quantiq) disse que doou R$ 22 mil para o PT de Guarulhos porque a cidade é sede do principal centro de distribuição da empresa e concentra as ações de responsabilidade social.
As empresas Sansuy, Companhia Alagoas Industrial e Quattor Participações (controladora da Quattor Petroquímica, Rio Polímeros, Petroquímica União e Polietilenos União) não se manifestaram.


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