São Paulo, quinta, 28 de maio de 1998

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PAINEL

Trem da Alegria
Funcionários concursados da Câmara terão um gordo aumento salarial por conta da adequação do quadro de carreiras da Casa às novas regras da reforma administrativa. Os reajustes podem chegar a 50%.

Sem alarde
O projeto de resolução nš 186 da Mesa da Câmara, que aumenta salários de funcionários da Casa, foi aprovado na semana passada por voto simbólico dos líderes. O assunto é tratado com toda a discrição pela Mesa.

Nuvens no horizonte
FHC está mais preocupado com a situação econômica internacional do que tem deixado transparecer. O presidente teme vir a ser obrigado a outra vez lançar mão do receituário recomendado para essas ocasiões.

Propaganda enganosa
Em reunião anteontem com a cúpula peemedebista, FHC jogou pesado com os governadores que divulgam obras federais nos Estados como se fossem de sua responsabilidade. "É uma leviandade", disse.

Campo neutro
A conversa de anteontem entre FHC e a cúpula do PMDB foi a primeira para tratar formalmente da sua reeleição. Por isso foi realizada no Alvorada, o território fixado pela Justiça eleitoral para esse tipo de encontro.

Acertos finais
Marcelo Teixeira e José Nivaldo, publicitários da Markplan, empresa pernambucana que já trabalhou para Leonel Brizola (PDT), devem ser os marketeiros da campanha de Marta Suplicy (PT) ao governo paulista.

Só faltam os votos...
De Ciro Gomes, candidato de PPS à Presidência, sobre Brizola ter dito que, se Ciro "for de oposição, vai marchar" com Lula e Brizola: "Estou de braços abertos para recebê-los no meu palanque. No segundo turno".

Novos amores
Registro feito pelos exegetas de FHC: na entrevista de ontem, elogiou Serra (Saúde) duas vezes, enfaticamente. Mas fez reparos à condução que o MEC, sempre elogiado em outras ocasiões, vem dando à greve nas universidades federais.

E o cordão...
O Senado aprovou ontem projeto que muda para Luís Eduardo Magalhães o nome do aeroporto 2 de Julho, em Salvador. "A Bahia perdeu um filho, e o céu ganhou um anjo", discursou Bernardo Cabral (PFL).

Caiu de maduro
Em baixa nas pesquisas, Orleir Cameli (PFL-AC) desistiu de disputar um novo mandato. Não vai se beneficiar da emenda da reeleição, cuja aprovação envolveu seu nome na suspeita de compra de votos de deputados.

Cor-de-rosa
A ex-deputada Irma Passoni foi convidada para ser candidata a vice-presidente na chapa de Ciro Gomes (PPS). Filiada ao PPS, Passoni saiu do PT para ser assessora especial do Ministério das Comunicações em 95.

Efeitos visuais
Responsáveis pela área de comunicação de FHC gostaram do desempenho do presidente na entrevista de ontem à imprensa. Acham que ele desempenhou muito bem os dois papéis: o de presidente e o de candidato.

Linha de frente
A coordenação da campanha de FHC está montando uma lista de políticos notáveis para rebater ataques de adversários ao presidente durante a campanha. É para evitar confrontos e evitar desgastes na imagem de FHC.

Alianças estranhas
A disputa pela relatoria da Comissão de Orçamento divide a base governista. Em aliança com os tucanos, ACM quer a relatoria para Kleinubing (PFL). Aliado ao PMDB, Inocêncio (PFL) quer Lael Varella (PFL-MG).

Visita à Folha
A ex-prefeita de São Paulo e vice-presidente nacional do PSB, Luiza Erundina, visitou ontem a Folha, onde foi recebida em almoço.

TIROTEIO


Do deputado federal João Paulo (PT-SP), sobre Duda Mendonça, publicitário de Paulo Maluf, ter dito que vai se decepcionar se a gestão de Celso Pitta na Prefeitura de São Paulo não melhorar:
- Para ser coerente, além de criticar a cria, ele deveria criticar também o criador, Paulo Maluf. E fazer a campanha de quem elogia: Lula.

CONTRAPONTO

Ciência oculta
O deputado federal Mário Cavallazzi (PPB-SC), que não morre de amores por Paulo Maluf, encontrou-se ontem no Congresso com o senador Esperidião Amin (PPB-SC) e comentou:
- Puxa, eu gosto tanto do Delfim! De onde vem essa amizade dele com o Maluf? Há quanto tempo ele é malufista? Logo ele, um professor...
Amin respondeu:
- Só perguntando para o Delfim.
Logo depois, Delfim se aproximou dos dois, e Amin reproduziu as dúvidas de Cavallazzi para o deputado paulista.
Delfim começou a contar uma longa história. Sem paciência, Amin o interrompeu:
- A pergunta é: por que e há quanto tempo você é malufista, Delfim?
O deputado pensou por alguns segundos e disparou, para gargalhada dos interlocutores:
- Eu não sou malufista. Sou malufólogo.

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