São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997.



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Painel

Dose única
Ao contrário do que ocorreu em 95, quando passou mais de seis horas falando a emissoras de rádio e televisão, FHC fará um único pronunciamento para comemorar o aniversário do Real. Segunda, em cadeia nacional.

Seleção diplomática
A idéia de tirar o presidente do corpo-a-corpo com as emissoras de rádio e tevê, no aniversário do Real, foi do porta-voz Sérgio Amaral. Mas FHC falará às confederações empresariais. Segunda na CNT e terça na CNI.


Em ritmo de campanha
Além de um balanço de suas pastas durante o Real, cada ministro deverá anunciar um novo projeto nas entrevistas coletivas que darão a partir de terça. O governo quer mostrar que não é só estabilização monetária.


Vale tudo
De um cacique peemedebista sobre Eliseu Padilha (Transportes) dizer que, no Brasil, Pelé e o asfalto são "dois pretos admirados": "Depois que o Iris (Justiça) disse que o crime às vezes é inevitável, tudo é permitido".


Daqui eu não saio
Paes de Andrade (CE) vai colocar duas urnas na Câmara, dia 17. Uma para o Conselho Político do PMDB, onde os governistas tentarão tirá-lo da presidência. Outra para a Convenção Nacional, onde manobra para ficar.

Mostrando serviço
O governador de Goiás, Maguito Vilela (PMDB), disse a FHC que mandou fazer uma pesquisa no Estado sobre a eleição de 98. O presidente lidera com 41% das intenções de voto, seguido de Lula com 11%. Itamar Franco teve apenas 1%.

Volta à tropa
O general Benedito Leonel reassume segunda a chefia do EMFA (Estado Maior das Forças Armadas). O ministro passou cerca de três meses afastado para operar um câncer na próstata.


Desdém calculado
De Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) sobre a notícia de que será candidato a vice de Maluf em 98: "Ninguém faz campanha para vice. Conheço um que fez e, quando tentou ser deputado federal, não conseguiu".


Visão acadêmica
Na próxima edição da revista "Novos Estudos", do Cebrap, Nelson de Carvalho (UFRJ) argumenta que o trabalhismo de Tony Blair pode vir a ser um segundo "modelo britânico" para as democracias ocidentais. Como o tatcherismo já foi.

Carona presidencial
Depois dos festejos do Real, FHC abre as portas do Planalto, na quarta, para receber em grande estilo o tenista Gustavo Kuerten, campeão de Roland Garros.


Oferta peemedebista
Quércia quer o PDT na sua campanha ao governo paulista em 98. Francisco Rossi poderia ser seu candidato ao Senado.


Abacaxi petista
O novo presidente do PT paulistano, que será eleito amanhã, começará a gestão tendo que administrar uma dívida de U$ 1 milhão das últimas eleições.


Pororoca amazônica
A temperatura vai subir no Festival Folclórico de Parintins, no interior do Amazonas. O governador Amazonino Mendes (PFL) e o seu primeiro desafeto, Mauro Costa, vão à festa.


Pizza em campo
A reinclusão do Fluminense e do Atlético (PR) no Campeonato Brasileiro foi um ducha de água fria na CPI do Futebol: Ricardo Gomyde (PC do B-PR) ficou sozinho na coleta de assinaturas.


Luta interna
Os opositores à candidatura de José Mentor à presidência do PT paulistano argumentam que foi ele quem indicou o ex-secretário-geral Cândido Vacarezza, para cargo fantasma na Câmara.


Afinidade ideológica
A prefeitura petista de Santo André vai ajudar na festa para recepcionar amanhã o novo bispo da cidade, d. Décio Pereira, progressista que era auxiliar de d. Paulo Evaristo Arns.

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TIROTEIO

De Adroaldo Streck (PSDB), sobre Luís Eduardo (PFL), que há duas semanas fez discurso para o plenário vazio ironizando a ausência de deputados às sextas:
- Assim não dá. Perdi um tempão preparando um discurso sobre os três anos de Real para hoje (ontem). Tudo para agradar ao nosso líder. Mas, que pena, ele não esteve aqui para ouvir.


CONTRAPONTO

Paranóia política
Há duas semanas, o Ministério da Marinha comemorou os 132 anos da batalha de Riachuelo na sede do Grupamento de Fuzileiros Navais, em Brasília.
No início do ato, os convidados divisaram ao longe uma manifestação que se aproximava.
Era possível ver que o grupo, de pouco mais de 50 pessoas, carregava faixas, mas não era possível distinguir os integrantes. Os políticos se dividiram. Sem-terra, apostaram uns. Sem-teto, arriscaram outros.
Depois de algum tempo, perceberam que, na realidade, era um grupo de crianças. Alguém se queixou da paranóia dos políticos, que sempre enxergam um "sem-alguma coisa".
O deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), não se deu por vencido:
- São os sem-brinquedo!
Eram os sem-professor. Meninos que protestavam contra a Marinha, que impediu um funcionário de continuar dando aulas em uma escola de Brasília.



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