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Painel
Dose única
Ao contrário do que ocorreu
em 95, quando passou mais de
seis horas falando a emissoras de
rádio e televisão, FHC fará um
único pronunciamento para comemorar o aniversário do Real.
Segunda, em cadeia nacional.
Seleção diplomática
A idéia de tirar o presidente do
corpo-a-corpo com as emissoras
de rádio e tevê, no aniversário do
Real, foi do porta-voz Sérgio
Amaral. Mas FHC falará às confederações empresariais. Segunda na CNT e terça na CNI.
Em ritmo de campanha
Além de um balanço de suas
pastas durante o Real, cada ministro deverá anunciar um novo
projeto nas entrevistas coletivas
que darão a partir de terça. O governo quer mostrar que não é só
estabilização monetária.
Vale tudo
De um cacique peemedebista
sobre Eliseu Padilha (Transportes) dizer que, no Brasil, Pelé e o
asfalto são "dois pretos admirados": "Depois que o Iris (Justiça) disse que o crime às vezes é
inevitável, tudo é permitido".
Daqui eu não saio
Paes de Andrade (CE) vai colocar duas urnas na Câmara, dia
17. Uma para o Conselho Político do PMDB, onde os governistas tentarão tirá-lo da presidência. Outra para a Convenção Nacional, onde manobra para ficar.
Mostrando serviço
O governador de Goiás, Maguito Vilela (PMDB), disse a
FHC que mandou fazer uma
pesquisa no Estado sobre a eleição de 98. O presidente lidera
com 41% das intenções de voto,
seguido de Lula com 11%. Itamar
Franco teve apenas 1%.
Volta à tropa
O general Benedito Leonel
reassume segunda a chefia do
EMFA (Estado Maior das Forças
Armadas). O ministro passou
cerca de três meses afastado para
operar um câncer na próstata.
Desdém calculado
De Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos) sobre a notícia de
que será candidato a vice de Maluf em 98: "Ninguém faz campanha para vice. Conheço um que
fez e, quando tentou ser deputado federal, não conseguiu".
Visão acadêmica
Na próxima edição da revista
"Novos Estudos", do Cebrap,
Nelson de Carvalho (UFRJ) argumenta que o trabalhismo de
Tony Blair pode vir a ser um segundo "modelo britânico" para
as democracias ocidentais. Como o tatcherismo já foi.
Carona presidencial
Depois dos festejos do Real,
FHC abre as portas do Planalto,
na quarta, para receber em grande estilo o tenista Gustavo Kuerten, campeão de Roland Garros.
Oferta peemedebista
Quércia quer o PDT na sua
campanha ao governo paulista
em 98. Francisco Rossi poderia
ser seu candidato ao Senado.
Abacaxi petista
O novo presidente do PT paulistano, que será eleito amanhã,
começará a gestão tendo que administrar uma dívida de U$ 1
milhão das últimas eleições.
Pororoca amazônica
A temperatura vai subir no
Festival Folclórico de Parintins,
no interior do Amazonas. O governador Amazonino Mendes
(PFL) e o seu primeiro desafeto,
Mauro Costa, vão à festa.
Pizza em campo
A reinclusão do Fluminense e
do Atlético (PR) no Campeonato
Brasileiro foi um ducha de água
fria na CPI do Futebol: Ricardo
Gomyde (PC do B-PR) ficou sozinho na coleta de assinaturas.
Luta interna
Os opositores à candidatura de
José Mentor à presidência do PT
paulistano argumentam que foi
ele quem indicou o ex-secretário-geral Cândido Vacarezza,
para cargo fantasma na Câmara.
Afinidade ideológica
A prefeitura petista de Santo
André vai ajudar na festa para
recepcionar amanhã o novo bispo da cidade, d. Décio Pereira,
progressista que era auxiliar de
d. Paulo Evaristo Arns.
E-mail:painel@uol.com.br
TIROTEIO
De Adroaldo Streck (PSDB),
sobre Luís Eduardo (PFL), que
há duas semanas fez discurso para o plenário vazio ironizando a
ausência de deputados às sextas:
- Assim não dá. Perdi um
tempão preparando um discurso sobre os três anos de Real para
hoje (ontem). Tudo para agradar
ao nosso líder. Mas, que pena,
ele não esteve aqui para ouvir.
CONTRAPONTO
Paranóia política
Há duas semanas, o Ministério
da Marinha comemorou os 132
anos da batalha de Riachuelo na
sede do Grupamento de Fuzileiros Navais, em Brasília.
No início do ato, os convidados divisaram ao longe uma manifestação que se aproximava.
Era possível ver que o grupo,
de pouco mais de 50 pessoas,
carregava faixas, mas não era
possível distinguir os integrantes. Os políticos se dividiram.
Sem-terra, apostaram uns.
Sem-teto, arriscaram outros.
Depois de algum tempo, perceberam que, na realidade, era
um grupo de crianças. Alguém
se queixou da paranóia dos políticos, que sempre enxergam um
"sem-alguma coisa".
O deputado Sandro Mabel
(PMDB-GO), não se deu por
vencido:
- São os sem-brinquedo!
Eram os sem-professor. Meninos que protestavam contra a
Marinha, que impediu um funcionário de continuar dando aulas em uma escola de Brasília.
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