São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997.



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Kleinubing quer afastar infiéis

da Agência Folha, em Florianópolis

O senador catarinense Vilson Kleinubing (PFL) disse ontem ter sido "muito boa" a decisão do seu partido ao fechar questão a favor do voto pelo impeachment do governador de Santa Catarina, Paulo Afonso Vieira (PMDB).
Kleinubing recomendou: "Agora, o voto pelo impeachment é uma diretriz partidária. O deputado que contrariá-la deve se afastar do partido."
Definindo-se "um político com formação de engenheiro", Kleinubing, a quem Vieira sucede no cargo de governador catarinense, disse preferir não fazer prognósticos.
Quanto ao seu partido, no entanto, afirmou acreditar que os oito deputados estaduais seguirão a diretriz firmada ontem.
"Fica difícil dizer se haverá impeachment ou não. Eu gosto de trabalhar com números exatos. Pouco antes da votação, poderá haver modificações, ocorrem conversas. Teoricamente, haverá 29 votos e o impeachment." Segundo Kleinubing, "não há mais como o PFL voltar atrás".
O senador Casildo Maldaner (PMDB-SC) recomendou que os deputados estaduais do PFL contrários ao impeachment do governador Paulo Afonso Vieira (PMDB) "sigam o exemplo dos seus líderes, o vice-presidente Marco Maciel e o embaixador Jorge Bornhausen, e façam o que eles fizeram em 1985: deixaram o PDS para não eleger Paulo Maluf à Presidência da República e formaram a Frente Liberal".
"Certamente, eles não vão ficar ao relento", disse, referindo-se a uma eventual transferência dos deputados pefelistas para o PMDB.



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