São Paulo, sábado, 28 de junho de 1997.



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PFL decide apoiar processo

em Florianópolis

O PFL, único partido de oposição que estava indeciso em relação ao impeachment do governador catarinense, Paulo Afonso Vieira (PMDB), decidiu ontem que sua bancada de oito deputados vote em bloco pela abertura do processo.
A Comissão Executiva Regional, instância máxima do PFL no Estado, estabeleceu que a aprovação é uma "diretriz" a ser seguida na votação que a Assembléia fará na segunda.
A resolução também é válida para os casos do vice-governador, José Augusto Hülse, do secretário da Fazenda, Paulo Prisco Paraíso, e do procurador-geral do Estado, João Carlos Hohendorff. Os quatro são acusados de irregularidades na emissão de títulos públicos.
O descumprimento teria a expulsão do partido como pena máxima. Dois deputados -o líder da bancada na Assembléia, Onofre Agostini, e Adelor Vieira- apresentaram restrições quanto à "imposição" do voto em bloco.
Terminada a reunião, Adelor Vieira abriu o voto pelo impeachment. Agostini, a princípio, disse que iria "analisar" a situação. Depois, declarou que votaria pelo afastamento.
O governo, que precisa de três votos, além dos 11 do PMDB, para barrar o impeachment, disse que conta com os votos de Agostini e Ciro Roza.
O chefe da Casa Civil, Eduardo Pinho Moreira, disse que há possibilidade de atrair mais um deputado do PFL, Norberto Stroisch Filho -que não quis revelar seu voto depois da decisão da executiva.
Os deputados Julio Teixeira, Pedro Bittencourt Neto e Wilson Wan-Dall são a favor do impeachment.
A assessoria do deputado Cesar de Souza disse que ele vota com o partido. O deputado Ciro Roza disse antes da decisão da executiva que não via por que aplicar o impeachment.
O deputado federal Paulo Bornhausen, integrante da Executiva regional do PFL, disse acreditar que a diretriz partidária será observada pela bancada. A decisão respaldou a orientação levada à Executiva pelo embaixador do Brasil em Portugal, Jorge Bornhausen, o ex-governador Antônio Carlos Konder Reis e o deputado Pedro Bittencourt Neto.



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