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PFL decide apoiar processo
em Florianópolis
O PFL, único partido de oposição que estava indeciso em
relação ao impeachment do
governador catarinense, Paulo
Afonso Vieira (PMDB), decidiu ontem que sua bancada de
oito deputados vote em bloco
pela abertura do processo.
A Comissão Executiva Regional, instância máxima do PFL
no Estado, estabeleceu que a
aprovação é uma "diretriz" a
ser seguida na votação que a
Assembléia fará na segunda.
A resolução também é válida
para os casos do vice-governador, José Augusto Hülse, do secretário da Fazenda, Paulo
Prisco Paraíso, e do procurador-geral do Estado, João Carlos Hohendorff. Os quatro são
acusados de irregularidades na
emissão de títulos públicos.
O descumprimento teria a
expulsão do partido como pena máxima. Dois deputados
-o líder da bancada na Assembléia, Onofre Agostini, e
Adelor Vieira- apresentaram
restrições quanto à "imposição" do voto em bloco.
Terminada a reunião, Adelor
Vieira abriu o voto pelo impeachment. Agostini, a princípio, disse que iria "analisar" a
situação. Depois, declarou que
votaria pelo afastamento.
O governo, que precisa de
três votos, além dos 11 do
PMDB, para barrar o impeachment, disse que conta com os
votos de Agostini e Ciro Roza.
O chefe da Casa Civil, Eduardo Pinho Moreira, disse que há
possibilidade de atrair mais um
deputado do PFL, Norberto
Stroisch Filho -que não quis
revelar seu voto depois da decisão da executiva.
Os deputados Julio Teixeira,
Pedro Bittencourt Neto e Wilson Wan-Dall são a favor do
impeachment.
A assessoria do deputado Cesar de Souza disse que ele vota
com o partido. O deputado Ciro Roza disse antes da decisão
da executiva que não via por
que aplicar o impeachment.
O deputado federal Paulo
Bornhausen, integrante da
Executiva regional do PFL, disse acreditar que a diretriz partidária será observada pela bancada. A decisão respaldou a
orientação levada à Executiva
pelo embaixador do Brasil em
Portugal, Jorge Bornhausen, o
ex-governador Antônio Carlos
Konder Reis e o deputado Pedro Bittencourt Neto.
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