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PL tira Rossi da cédula e aprova coligação com Maluf em São Paulo
RAFAEL CARIELLO
DA REDAÇÃO
O PL, que nacionalmente oficializou a aliança com o candidato
petista Luiz Inácio Lula da Silva,
decidiu ontem, na convenção estadual do partido em São Paulo,
coligar-se com o PPB de Paulo
Maluf e apoiá-lo como candidato
a governador.
199 dos 201 convencionais que
votaram marcaram "sim" à pergunta se o partido deveria se coligar com outro partido para a eleição no Estado. Na prática, a opção
representava o apoio a Maluf
-como, aliás, foi repetido todo o
tempo nos discursos-, aliança
que deverá ser ratificada pela executiva estadual do partido.
O nome do ex-prefeito de Osasco (Grande São Paulo) Francisco
Rossi, que lançou sua pré-candidatura ao governo pelo partido,
não foi incluído na cédula.
A direção do PL afirma que ele
não registrou sua candidatura até
20 dias antes da convenção, como
prevê o estatuto do partido.
Rossi afirma que só foi notificado da data da convenção 15 dias
antes e diz ter sido vítima de "jogo
sujo, safadeza e traição" dos dirigentes. Ameaça deixar o partido
se não conseguir cancelar a decisão na Justiça. "O que fizeram é
praticamente uma expulsão",
afirmou.
O objetivo da aliança com Maluf, segundo Luiz Antônio de Medeiros, presidente regional do PL,
e Valdemar Costa Neto, presidente nacional, é conseguir eleger o
maior número possível de deputados federais. Dizem que a candidatura própria ou o apoio a José
Genoino (PT) para governador
diminuiriam as chances de elegerem uma grande bancada.
Para Medeiros, o PL pode vir a
ser "um canal de colaboração"
entre uma possível Presidência de
Lula e um governo de Maluf em
São Paulo. No momento, o traço
de união entre ambos, diz, é o fato
de serem "de oposição".
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