São Paulo, sexta-feira, 28 de junho de 2002

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Petista vai apoiar meta de inflação, diz Malan

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Pedro Malan (Fazenda) afirmou ontem, após anunciar mudança o aumento da meta de inflação de 2003, que "o professor Guido Mantega [assessor econômico do PT" apoiará a decisão que acabamos de tomar". Em maio, Mantega defendeu como meta "mais realista" de inflação "algo como 5%". Com a decisão de ontem, a meta de 2003 passou de 3,25% para 4%, com variação de até 2,5 pontos percentuais.
O ministro disse que não consultou, formal ou informalmente, a oposição sobre a mudança na meta de inflação de 2003 e definição da meta de 2004 (3,75%), os dois primeiros anos do mandato de quem for eleito presidente neste ano. Mas ele disse que acompanha a opinião dos economistas do PT sobre o assunto pelos jornais.
"Essas coisas são resolvidas dentro de um círculo muito restrito de pessoas dentro do governo, mas é claro que nós estamos sempre lendo tudo o que vocês [jornalistas" escrevem diariamente", disse o ministro.
Segundo a assessoria de imprensa da liderança do PT na Câmara, Mantega considerou que o governo FHC fez uma "autocrítica" ao adotar a meta de 4%. Ele avaliou como positivas as medidas adotadas pelo governo, mas não sabe se elas serão suficientes para superar a crise e acabar com a vulnerabilidade externa.
Malan também comentou as declarações do presidenciável Ciro Gomes (PPS) sobre o sistema de metas de inflação. Ciro é contrário ao regime adotado pelo governo. Segundo ele, existem várias alternativas e, se o candidato discorda do método atual, deveria expor a opção mais apropriada.



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