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São Paulo, sábado, 28 de junho de 2003

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PAINEL

Na ponta do lápis
O Planalto resolveu organizar nominalmente a lista dos deputados aliados que deverão comparecer às sessões das segundas e das sextas-feiras. A decisão foi tomada ontem, quando não houve quórum pela quarta vez, mesmo após a instituição de um rodízio pelos líderes partidários.

Escolinha do Dirceu
As sessões da Câmara das segundas e das sextas são importantes para o Planalto por contabilizarem prazo para a tramitação das reformas. A Casa Civil encaminhará aos líderes a lista de presença no início da semana. Deixará implícito que os faltosos poderão sofrer retaliação.

Pedra no sapato
O Planalto incentivou sua base a "infernizar" a Anatel e as teles, após o aumento do telefone. A primeira iniciativa é a convocação de Luiz Schymura (Anatel) e de dirigentes das teles para prestar depoimento à comissão de defesa do consumidor.

CUT do B
Trinta e quatro entidades de funcionários públicos divulgarão na terça-feira o estatuto da Central Sindical do Serviço Público. A nova entidade deverá começar a funcionar em 45 dias.

Central governista
Os sindicatos do funcionalismo público consideram que a CUT tem priorizado as reivindicações de trabalhadores da iniciativa privada. A gota d'água do rompimento foi o apoio da central aos principais pontos da reforma da Previdência de Lula.

Clone digital
Ao tentar criar um site, Pedro Simon (PMDB) descobriu que uma empresa registrara o domínio www.pedrosimon.com.br. Pretende recorrer à Justiça.

Guerra dos números
A cúpula do PSB avalia que apenas seis deputados deverão deixar o partido, após a expulsão de Anthony Garotinho (RJ). O ex-governador, que vai recorrer da decisão na Justiça, tem dito que o número chegaria a 12.

Recado em uma via
As relações entre Lula e o Judiciário estão tão boas que, ferindo o protocolo, o Planalto pediu a um funcionário do cerimonial que enviasse um fax a Maurício Corrêa, presidente do STF, convidando-o para um evento na segunda-feira. A praxe é o presidente assinar o ofício.

Sem cerimônia
O fax do funcionário do governo chamando Maurício Corrêa para a posse do novo procurador-geral chegou ao cerimonial do Supremo às 17h42 de ontem. A descortesia ocorreu na semana em que Lula faltou a uma cerimônia no STF e disse que o Judiciário não o impedirá de levar o Brasil a lugar de destaque.

Pista esburacada
Anderson Adauto (Transportes) avisou empreiteiras de que não depositará na semana que vem a segunda parcela dos restos a pagar de 2002 (referente a serviços já executados) àquelas que se recusaram a voltar a trabalhar em razão dos atrasos.

Braços cruzados
O Ministério dos Transportes diz ter feito um acordo com empreiteiras pelo qual se comprometeria a pagar metade das dívidas do ano passado neste ano, em três parcelas (junho, julho e agosto), e a outra metade em 2004. Cerca de 15% das empresas contratadas, no entanto, não retornaram ao trabalho.

Linha de frente
Geraldo Alckmin (SP) levou seu secretariado ontem para Sorocaba em seu governo itinerante. Hoje, haverá uma reunião dos conselhos de segurança com Saulo de Abreu Filho (secretário da Segurança Pública), um dos nomes cotados para disputar a sucessão de Marta pelo PSDB.

Mata em perigo
Marina Silva (Meio Ambiente) e Aloizio Mercadante (PT-SP) vão promover um debate no Senado sobre a intensificação do desmatamento da Amazônia, durante o recesso de julho.

TIROTEIO

Do deputado Alexandre Cardoso (RJ), secretário-geral do PSB, sobre a ação do Planalto para tirar Garotinho do partido:
- O governo não tem o direito de intervir nos partidos. A prática do poder tem de ser natural. Tudo que não for natural pode acabar voltando-se contra o próprio governo.

CONTRAPONTO

Memória verde

No início dos anos 90, o ex-governador Franco Montoro, então deputado federal, foi convidado por um grupo de professores da USP a fazer uma palestra sobre a América Latina.
Depois de participar do evento, reuniu-se com alguns amigos no restaurante dos docentes, no campus da universidade, para um bate-papo informal.
E falaram sobre o Rio Grande do Norte, terra do consultor político Gaudêncio Torquato, na época professor de comunicação política da USP. Montoro perguntou:
-E o Agrário, como vai?
Desconcertado por não se lembrar dessa pessoa, Torquato respondeu:
-Acho que não sei quem é ... ah!- e matou a charada, ao lembrar-se de um amigo em comum, dirigente da confederação dos trabalhadores agrários:
-É Francisco Urbano, governador. Não é Agrário!


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