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CONFLITO AGRÁRIO
Famílias invadem reflorestadora em MG
Sem-terra bloqueiam rodovia em MT após serem expulsos de fazenda
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO
GRANDE E EM BELO HORIZONTE
Cerca de 500 sem-terra, na estimativa da Polícia Rodoviária Federal, bloquearam ontem a BR-174 em Cáceres (250 km ao sudoeste de Cuiabá), Mato Grosso.
O grupo é ligado ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra) e havia invadido anteontem a fazenda Itaguira, em
Araputanga (271 km de Cuiabá).
Como os sem-terra tiveram que
deixar a área devido ao interdito
proibitório, medida judicial que
protege a fazenda de invasões, resolveram protestar na estrada,
que liga o Estado a Rondônia,
Acre e Amazonas. Os motoristas
fizeram um desvio de 150 quilômetros para evitar o local. Segundo a Polícia Rodoviária, o bloqueio começou por volta das 10h
e não tinha sido desfeito até a conclusão desta edição.
Em maio, para protestar contra
uma milícia que teria sido criada
por fazendeiros, o MST também
bloqueou a BR-174 por cerca de 12
horas. O grupo responsável pelo
protesto faz parte das 2.000 famílias que invadiram em abril do
ano passado a fazenda São Paulo,
em Mirassol D" Oeste (MT), perto
do local do bloqueio da estrada.
Minas
Cerca de 200 famílias ligadas ao
MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) invadiram anteontem a fazenda Taquaril, no distrito de Curral Novo,
município de Indaiabira (MG).
A área, de 4.000 hectares, pertence à reflorestadora Italmagnésio. Funcionários da reflorestadora confirmaram a invasão, mas
não quiseram fazer comentários.
De acordo com o coordenador
estadual do MST Luciano Monteiro, a invasão foi realizada com a
ajuda de posseiros que, nas últimas semanas, estavam sendo retirados da fazenda.
Segundo Monteiro, a invasão é
resultado do avanço do MST no
norte de Minas. A região não era
foco de ações de sem-terra -comuns em áreas como Triângulo
Mineiro e noroeste do Estado.
"Com certeza vai haver outras
ocupações [no norte de Minas],
região carente e que não tem a reforma agrária que queremos."
O dirigente negou que a invasão
tenha sido uma represália à reintegração de posse de duas fazendas ocupadas pelo MST na região,
realizadas nesta semana. Informou ainda que a ação foi apoiada
pela Comissão Pastoral da Terra.
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