São Paulo, quarta-feira, 28 de junho de 2006

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Ex-auxiliares de FHC cuidam do programa

SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Elaborado em sigilo pelo PSDB, o programa de governo de Geraldo Alckmin terá o dedo de ao menos sete ex-integrantes do primeiro escalão da gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002).
Pouco a pouco, a equipe que vai auxiliar Alckmin vem sendo ampliada com ex-auxiliares de FHC. O primeiro deles foi o vice na chapa, senador José Jorge (PFL), ex-ministro de Minas e Energia, que luta para apagar a pecha de "ministro do apagão".
Em seguida voltou à cena Eduardo Jorge, ex-secretário-geral da Presidência, que assumiu a responsabilidade de montar o comitê central de Alckmin em Brasília e cuidar da logística da campanha. Na semana passada, foi chamado para sentar-se à mesa para debater propostas para a área de segurança o general Alberto Cardoso, ex-chefe do gabinete de Segurança Institucional de FHC.
Na última sexta-feira, o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), entregou uma lista com 14 pefelistas que vão colaborar na montagem do plano de governo. Na lista figuram velhos conhecidos dos tucanos como Marcus Vinicius Pratini de Moraes (ex-ministro da Agricultura), Everardo Maciel (ex-secretário da Receita), Gustavo Krause (ex-ministro do Meio Ambiente) e o deputado federal Roberto Brant (ex-ministro da Previdência), além de personalidades que atuaram em cargos de menor escalão.
Para Bornhausen, o fato de os nomes remeterem ao governo anterior é positivo: "Eles estão apresentando propostas para o plano de governo, é o quadro que temos disponível. O fato de essas pessoas terem estado dos dois lados do balcão é bom".
Na área de educação, a lista do PFL inclui João Batista Oliveira, secretário-executivo do MEC na gestão Paulo Renato, e Lauro Zimmer, que integrou Conselho Nacional de Educação. Cita ainda o deputado José Aristodemo Pinotti, secretário de Educação de José Serra na Prefeitura de São Paulo.
O coordenador do programa de governo tucano, João Carlos Meirelles, ex-secretário de Alckmin em São Paulo, afirmou que a coincidência nos nomes "não significa repetição": "O traquejo e a experiência aceleram muita coisa. Gente que cometeu acertos extraordinários e que tem a visão de erros que não podem se repetir", disse.


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