MAURICIO ESPOSITO
da Reportagem Local

A aquisição do Banerj S/A pelo Itaú irá acentuar ainda mais a concorrência entre os bancos.
Essa é a expectativa do mercado a partir do resultado do leilão de anteontem.
Embora a aquisição do Banerj pelo Itaú não tenha alterado o ranking dos bancos brasileiros, a diferença entre as duas maiores instituições financeiras privadas diminuiu.
De acordo com o vice-presidente da Nossa Caixa-Nosso Banco, Joaquim Elói Cirne de Toledo, essa aquisição não provocou alterações no setor como os casos recentes da compra do Nacional pelo Unibanco e do Econômico pelo Excel.
No entanto, afirmou, fica claro que aumenta a concorrência no setor, principalmente no Rio, ex-sede do Banerj.
Segundo uma fonte do mercado, os grandes bancos nacionais ainda precisam crescer em ativos para competir com as instituições financeiras estrangeiras interessadas no mercado brasileiro.
O caso mais recente desse interesse foi a aquisição do Bamerindus pelo HSBC. Há rumores de que bancos internacionais estão interessados no Noroeste.

Processo
De acordo com essa fonte, o processo de concentração do mercado deverá se intensificar nos próximos anos.
A avaliação é que deverão desaparecer mais alguns bancos estatais, por meio de venda ao setor privado, e pequenas instituições pouco competitivas em uma economia estabilizada.
Segundo o sócio-diretor da consultoria Austin Asis, Erivelto Rodrigues, pequenos e médios bancos que sobreviviam somente em função das altas taxas de inflação deverão ser "engolidos" pelos grandes.
De acordo com seus cálculos, os ganhos dos bancos com a inflação, até o início do Real, chegavam a aproximadamente US$ 13 bilhões por ano.
Esses ganhos foram praticamente anulados e as instituições, agora, procuram outras formas de compensação.



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