São Paulo, Segunda-feira, 28 de Junho de 1999 |
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Caminho aberto Apertado em entrevista à rádio BBC, FHC acabou admitindo, ontem, que perder algum partido da coalizão governista, em caso de conflitos, não seria "o fim do mundo". A conferir. Trocando figurinhas FHC e Mário Covas tiveram uma boa conversa, na sexta, sobre a reforma do ministério. Mais que o óbvio Justificativa para a reforma ministerial dada por FHC a um interlocutor: "É para tornar o governo mais operacional". Língua de trapo Aliados de ACM torcem para que ele agora controle sua incontinência verbal. Constatam que, ao comprar tantas brigas, ele passou a fechar portas que lhe seriam bem úteis em 2002. Horizonte nebuloso Há cada vez mais gente apostando que Celso Pitta acabará no PTB, onde não criaria problemas de concorrência com ninguém. Verdadeiras intenções Não é apenas por não acreditar nela que ACM descartou uma profunda reforma ministerial. Se ela ocorresse, fortaleceria FHC. O que, pelo efeito gangorra, o levaria a perder espaço. Sinceridade em excesso De Jorge Campbell, chefe dos negociadores argentinos na cimeira do Rio, ao deixar ontem a reunião de chanceleres e auxiliares, um pouco antes da hora do almoço: "Foi a reunião mais chata de que já participei". Mau começo O novo chanceler cubano, Felipe Pérez Roque, causou má impressão ao estrear ontem, no Rio, em grandes conferências internacionais. Revelou-se duro como "presidente de centro acadêmico de antigamente", conforme colegas de outros países. Interesses futuros Comentário de um dirigente do PFL: "Pimenta da Veiga (PSDB) está se queimando na articulação política porque não pode compor com seus concorrentes a governador de Minas". Que te quero verde Sarney Filho (Meio Ambiente) entrou em atrito com 40 madereiras de Rondônia, sem registro no Ibama, que praticavam desmatamento ilegal. Abrindo champanha A bancada de Pitta na Câmara paulistana comemora o sucesso da controvérsia sobre o fechamento dos bares à 1h. Deu um bom eclipse na máfia a propina. Ares de pobreza Um amigo de Collor espalha que duas administradoras norte-americanas teriam cancelado, por falta de pagamento, os cartões de crédito do ex-presidente. Mas o secretário dele, Rony Curvelo, nega qualquer problema. Gastando menos Em 98, a União destinou para publicidade de TV R$ 230,2 milhões. Até maio deste ano, gastou R$ 31,7 milhões. Em que pesem as oscilações sazonais, a média mensal caiu de R$ 19,2 milhões para R$ 6,3 milhões. Maior fatia Nos cinco primeiros meses de 99, o governo federal aumentou a porcentagem da publicidade nas TVs ligadas à Globo em relação ao ano de 98. Entre canais abertos e de TV paga (Net), as verbas para as emissoras do grupo saltaram de 51,7% (R$ 117 milhões) para 60,5% (R$ 19 milhões). Em 98, o Ibope atribuiu à Globo 56,9% de audiência nacional. Um pulo e uma queda Proporcionalmente, o maior beneficiado pela publicidade federal foi o SBT, que passou de 13,7%, em 98, para 23,6%, entre janeiro e maio de 99. Seu Ibope médio do ano passado foi de 19,9%. A Manchete, de 12,2% das verbas, caiu para 0,37%. Efeitos especiais O advogado de Vicente Viscome contratou dois locutores para a leitura das 70 páginas da defesa do vereador paulistano, que pode ser cassado ainda hoje. Quinta coluna A presteza de Virgílio Guimarães (PT) em defender o governo de MG incomoda muitos petistas, que o chamam agora de ""embaixador de Itamar". TIROTEIO De Fernando Salgado, secretário municipal de Emprego, sobre seus atritos na Prefeitura de SP para a liberação das verbas para as frentes de trabalho: - Eu não vou pedir demissão, não vou largar o barco. Se for para me afastar, a decisão precisa partir do prefeito Celso Pitta. Próximo Texto: Contraponto: As duas viúvas Índice |
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