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CONTRAPONTO
As duas viúvas
Afastado da vida pública com a
cassação de seu mandato de governador de SP, Adhemar de
Barros morreu aos 67 anos, na
França, em março de 1969.
Seu enterro já seria complicado, em razão da possibilidade de
se transformar em ato público
contra o regime militar.
Mas surgiu um segundo complicador, tão logo seu corpo foi
levado à casa em que morava, no
bairro paulistano de Higienópolis. Ana Gimol Capriglione, o
"Doutor Rui", sua namorada, fazia questão de velá-lo até o fim.
Com o que não concordavam os
filhos e sua mulher, Leonor
Mendes de Barros.
A ex-deputada Ivete Vargas
entrou em campo para negociar.
As duas viúvas dividiriam o velório: "Doutor Rui" até o início da
madrugada, e, em seguida, a família legalmente constituída.
Deu certo. Foi a família oficial
que acompanhou Adhemar, sem
sobressaltos políticos, ao cemitério da Consolação.
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