São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2004

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Foi a Kroll européia que espionou, diz advogado

RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado criminalista de três diretores da Kroll no Brasil, Antonio Claudio Mariz de Oliveira, disse ontem que a investigação sobre a Telecom Italia foi contratada e desenvolvida pela "Kroll da Europa". Segundo o advogado, a filial brasileira da empresa só deu "apoio logístico, mas não operacional" à investigação. Mariz de Oliveira esclareceu que não é advogado de Tiago Verdial, o espião preso pela PF.
"Os diretores [da Kroll no Brasil] só souberam da existência da operação quando ela já estava em desenvolvimento no Brasil, meses depois do início", explicou Mariz.
De acordo com o advogado, Verdial, foi funcionário da Kroll brasileira até o ano de 2002. Desde então, segundo o advogado, Verdial fez "alguns serviços" para a filial brasileira da Kroll, atividades que não soube detalhar, mas nenhuma seria relacionada ao contrato com a Brasil Telecom, pelo qual a Kroll investigou a Telecom Italia.
O advogado disse que Verdial era também contratado da "Kroll na Europa". A outra pessoa contra a qual existe um mandado de prisão temporária expedido pela 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo, o espião inglês identificado apenas como "William" ou "Bill", segundo Mariz, também atuou sob ordens da Kroll européia.


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