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OUTRO LADO
Pires afirma que exclusão seria "discriminação"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro Waldir Pires afirmou ontem que, além de "tremenda injustiça", representaria "discriminação" uma decisão da Câmara que fosse contrária ao seu pedido de permanecer como beneficiário do
Pró-Saúde, mesmo como ex-deputado federal.
"Isso é uma coisa curiosa, você recusa receber um dinheiro
de aposentadoria, porque não
lhe parece ser uma coisa natural, correta, e recebe uma penalidade dessa natureza. (...) Tive
três legislaturas, acho que isso
seria uma discriminação, sou
contra discriminação", disse.
O principal argumento do
ministro é o de que ele, se quisesse, poderia ter se aposentado como deputado e, com isso,
teria direito ao plano. "Entendi
que não devia ter mais do que
uma aposentadoria do serviço
público. Já tinha como consultor jurídico do Ministério da
Justiça desde 1987", afirmou.
Além do plano de saúde, o
ministro continua morando de
graça em um apartamento funcional da Câmara sob o argumento de que recusou a moradia ou o auxílio a que teria direito como ministro.
O presidente da Câmara,
João Paulo Cunha (PT-SP), está em Cuba, em férias. A Folha
não conseguiu localizá-lo.
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