São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2004

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OUTRO LADO

Pires afirma que exclusão seria "discriminação"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Waldir Pires afirmou ontem que, além de "tremenda injustiça", representaria "discriminação" uma decisão da Câmara que fosse contrária ao seu pedido de permanecer como beneficiário do Pró-Saúde, mesmo como ex-deputado federal.
"Isso é uma coisa curiosa, você recusa receber um dinheiro de aposentadoria, porque não lhe parece ser uma coisa natural, correta, e recebe uma penalidade dessa natureza. (...) Tive três legislaturas, acho que isso seria uma discriminação, sou contra discriminação", disse.
O principal argumento do ministro é o de que ele, se quisesse, poderia ter se aposentado como deputado e, com isso, teria direito ao plano. "Entendi que não devia ter mais do que uma aposentadoria do serviço público. Já tinha como consultor jurídico do Ministério da Justiça desde 1987", afirmou.
Além do plano de saúde, o ministro continua morando de graça em um apartamento funcional da Câmara sob o argumento de que recusou a moradia ou o auxílio a que teria direito como ministro.
O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), está em Cuba, em férias. A Folha não conseguiu localizá-lo.


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