São Paulo, quarta-feira, 28 de julho de 2004

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GIRO PELA ÁFRICA

Presidente desfila em Rolls-Royce conversível ao chegar ao Gabão

Lula faz defesa do software livre

JULIA DUAILIBI
DA ENVIADA ESPECIAL
A SÃO TOMÉ E LIBREVILLE (GABÃO)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu ontem, em discurso para os chefes de Estado e governo da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), a adoção do software livre e a "transparência e boa governança" em todas as esferas, inclusive na internacional.
O presidente fazia, em seu segundo dia da viagem à África, um discurso sobre a sociedade da informação em São Tomé e Príncipe -depois embarcou para o Gabão-, tema central deste ano na reunião dos países integrantes da comunidade.
"O acesso aos avanços tecnológicos deve ser o direito de todos, e não o privilégio de poucos. Temos urgência em promover a inclusão digital", afirmou Lula.
Lula disse ser a favor da adoção do software livre, ou seja, do programa que não possui dono, e, sim, vários autores que podem desenvolvê-lo ou alterá-lo da forma que consideram melhor. Vai na contramão do que é produzido por empresas como a Microsoft. O software livre já vem sendo adotado por setores do governo federal.
Estavam presentes no discurso de Lula, que foi fechado, os representantes de Portugal, São Tomé e Príncipe, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Timor Leste e Cabo Verde.
A 5º Conferência da CPLP terminou ontem com a "Declaração de São Tomé", na qual foi destacada a intenção de o Mercosul aprimorar as negociações comerciais com os países em desenvolvimento da comunidade. Também oficializou-se o apoio dos países membros à intenção do Brasil de ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Depois de São Tomé, Lula viajou à capital Gabão, Libreville, que fica na costa ocidental da África. No percurso de cerca de 1,5 km do aeroporto ao hotel onde o presidente está hospedado, ficaram lotadas de pessoas que esperavam Lula.
Logo que o presidente deixou o aeroporto, caminhou em direção a um Rolls-Royce conversível, de onde partiu, ao lado do presidente Omar Bongo.
Lula afirmou não ser possível permanecer "impassível diante do espetáculo de populações famintas perambulando por um mundo rico em recursos." Em jantar com o presidente Omar Bongo, afirmou também que a relação do Brasil com o continente, além de um "dever moral", é uma "necessidade estratégica".


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