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GIRO PELA ÁFRICA
Presidente desfila em Rolls-Royce conversível ao chegar ao Gabão
Lula faz defesa do software livre
JULIA DUAILIBI
DA ENVIADA ESPECIAL
A SÃO TOMÉ E LIBREVILLE (GABÃO)
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva defendeu ontem, em discurso para os chefes de Estado e governo da CPLP (Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa), a
adoção do software livre e a
"transparência e boa governança"
em todas as esferas, inclusive na
internacional.
O presidente fazia, em seu segundo dia da viagem à África, um
discurso sobre a sociedade da informação em São Tomé e Príncipe -depois embarcou para o Gabão-, tema central deste ano na
reunião dos países integrantes da
comunidade.
"O acesso aos avanços tecnológicos deve ser o direito de todos, e
não o privilégio de poucos. Temos
urgência em promover a inclusão
digital", afirmou Lula.
Lula disse ser a favor da adoção
do software livre, ou seja, do programa que não possui dono, e,
sim, vários autores que podem
desenvolvê-lo ou alterá-lo da forma que consideram melhor. Vai
na contramão do que é produzido
por empresas como a Microsoft.
O software livre já vem sendo
adotado por setores do governo
federal.
Estavam presentes no discurso
de Lula, que foi fechado, os representantes de Portugal, São Tomé e
Príncipe, Angola, Moçambique,
Guiné-Bissau, Timor Leste e Cabo
Verde.
A 5º Conferência da CPLP terminou ontem com a "Declaração
de São Tomé", na qual foi destacada a intenção de o Mercosul
aprimorar as negociações comerciais com os países em desenvolvimento da comunidade. Também oficializou-se o apoio dos
países membros à intenção do
Brasil de ocupar um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
Depois de São Tomé, Lula viajou à capital Gabão, Libreville,
que fica na costa ocidental da
África. No percurso de cerca de
1,5 km do aeroporto ao hotel onde
o presidente está hospedado, ficaram lotadas de pessoas que esperavam Lula.
Logo que o presidente deixou o
aeroporto, caminhou em direção
a um Rolls-Royce conversível, de
onde partiu, ao lado do presidente
Omar Bongo.
Lula afirmou não ser possível
permanecer "impassível diante
do espetáculo de populações famintas perambulando por um
mundo rico em recursos." Em
jantar com o presidente Omar
Bongo, afirmou também que a relação do Brasil com o continente,
além de um "dever moral", é uma
"necessidade estratégica".
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