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São Paulo, quinta-feira, 28 de agosto de 2003

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PAINEL

Mesa de negociação
O Planalto está disposto a ceder até R$ 5 bilhões em receitas federais aos Estados para conseguir aprovar a reforma tributária. Os governadores reivindicam um total de R$ 20 bilhões anuais, mas já sinalizaram ao governo federal que se satisfazem com um quarto disso.

Sem alternativa
O governo só admitiu repassar mais recursos aos Estados após ser alertado de que corria o risco de ficar sem a prorrogação da CPMF e da DRU (Desvinculação de Receitas da União).

Corações e mentes
Em jantar com senadores, Luiz Gushiken (Comunicação de Governo) disse que o Planalto está perdendo a guerra da comunicação na reforma da Previdência. O ministro citou pesquisas atestando que a população teme prejuízos para o bolso.

Marketing pessoal
Eduardo Suplicy (PT-SP) levou Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia de 2001, para almoçar ontem em um bandejão a quilo no Senado.

Desânimo geral
Um ato no Congresso hoje vai lembrar os 24 anos da anistia. O clima entre anistiados, no entanto, será de insatisfação com o governo Lula, que tem atrasado o pagamento de indenizações.

Turismo de negócios
O petista Max Altman, que em 2000 organizou a rifa "Vá a Cuba com Lula" a fim de obter recursos às campanhas do PT, está promovendo nova excursão para a ilha de Fidel. Levará 75 empresários a Havana, entre os dias 21 e 28 de setembro, aproveitando a passagem de Lula por lá.

Novos amigos
Lula deverá ir à Cuba no dia 24 de setembro, na volta de sua visita à ONU. No Planalto, no entanto, há quem defenda que o presidente desista da viagem, a fim de não "provocar" os EUA.

Cara à tapa
A Executiva do PT vai se reunir na segunda para discutir a estratégia eleitoral de 2004. Uma coisa é certa: todos candidatos do partido serão obrigados a defender Lula no horário eleitoral.

Ecos do passado
O PT não quer repetir o que considera ter sido um grande erro do PSDB na campanha para prefeito de 2000. Na época, preocupados apenas com a própria eleição, muitos tucanos preferiram não rebater o tiroteio contra FHC. Deu no que deu.

Portas abertas
Na reunião, o PT definirá sua política de alianças para 2004. A palavra de ordem é "montar um arco amplo". Vale quase tudo. Dos partidos em sintonia com o governo, apenas o PP ficará de fora. Para evitar identificação com o malufismo.

Especialização política
A Escola de Comunicações e Artes da USP criou um curso de pós-graduação em marketing político. As inscrições vão até o dia 16 de setembro.

Visitas à Folha
Fernando Xavier Ferreira, presidente do Grupo Telefônica no Brasil, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Emanuel Teixeira Neri, superintendente de Comunicação Institucional, e de Marcello D"Angelo, diretor interino de Comunicação Corporativa.
 
Juan Pablo Lohlé, embaixador da República Argentina no Brasil, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Guillermo Hunt, cônsul-geral em SP.
 
Luiz Antonio Sampaio Gouveia, pré-candidato à OAB-SP pela chapa Umbigos no Balcão, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de César Augusto Garcia, membro do Conselho Seccional da OAB-SP, de José Luiz Berber Munhoz, presidente da subseção da OAB/ Suzano, e de Regina Helena Teixeira, assessora de imprensa.

TIROTEIO

Do senador Jefferson Péres (PDT-AM), sobre a crise no Instituto Nacional do Câncer:
-Paradoxalmente, o instituto é vítima de dois tipos de câncer: a politicalha e o fisiologismo. Pensei que o governo tivesse vindo para erradicá-los.

CONTRAPONTO

Corda bamba

O ministro da Saúde, Humberto Costa, participou ontem de evento em hotel de Brasília com secretários de Saúde de vários Estados e prefeitos petistas.
Foi uma espécie de ato de desagravo à sua administração, que recebeu duras críticas nos últimos dias.
O presidente nacional do PT, José Genoino, também foi dar seu apoio ao ministro. Disse que, sob nenhuma hipótese, Humberto Costa será moeda de troca na reforma ministerial, programada para este ano.
Houve até quem sugerisse um documento formal de apoio ao ministro, idéia que recebeu aplausos dos cerca de cem petistas presentes ao evento.
Rindo, Humberto Costa pegou o microfone e disparou:
-Eu não sou zen, mas estou de cabeça fria esses dias. Agora, depois de tanto apoio que recebi hoje, acho que devo estar mesmo balançando no cargo.


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