São Paulo, domingo, 28 de agosto de 2005

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

OUTRO LADO

Somague nega intermediação para audiência

DA FOLHA RIBEIRÃO
DOS ENVIADOS A RIBEIRÃO

O presidente do grupo português Somague no Brasil, Rui Vieira de Sá, disse que a empresa procurou, na reunião com o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), em maio de 2003, conhecer "as estratégias do governo" brasileiro, que estava havia cinco meses no poder.
A empresa negou ter buscado apoio do advogado Rogério Buratti para obter a audiência -uma versão destoante da prestada pelo ex-assessor de Palocci.
Segundo Sá, o grupo Somague tem "proximidade" com o ministro Palocci desde a segunda gestão na Prefeitura de Ribeirão Preto (SP), entre 2001 e 2002.
"Tivemos, com certeza, conversas com o ministro Palocci na época em que era prefeito de Ribeirão Preto e conseguimos, com isso, uma relação que nos permite, quando podemos e quando ele pode, pedir audiência e, efetivamente, já nos recebeu", afirmou Sá.
Segundo o empresário, "são relações meramente institucionais". "Nós estamos perfeitamente tranqüilos. Estamos atuando no Brasil, queremos crescer no país", declarou.

À distância
Buratti disse que pediu a audiência, mas não a acompanhou. Segundo ele, demorou "bastante tempo, um mês, mais ou menos", entre o telefonema que deu ao chefe-de-gabinete de Palocci e seu amigo, Juscelino Dourado, e a realização do encontro. "A Somague estava no Brasil, tem uma concessão de gás em São Paulo, e estava na Leão Leão e na Vianorte. Estava querendo expandir, e eles conheceram o ministro quando ele era prefeito", disse Buratti.
Palocci já negou, publicamente, as acusações de tráfico de influência no Ministério da Fazenda e se colocou à disposição para investigação. (RP, RV e CC)


Texto Anterior: Frase
Próximo Texto: Escândalo do "mensalão"/Conexão Ribeirão: Patrimônio de vice de Palocci cresceu 60% em um ano de gestão
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.