São Paulo, sábado, 28 de setembro de 2002 |
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PAINEL Imagem é tudo Os novos depoimentos que FHC gravou para a campanha de TV de José Serra não foram utilizados na última semana por puro pragmatismo do comitê tucano: pesquisas qualitativas reprovaram as peças. Avaliou-se que o efeito poderia ser pior. Oito anos depois Os grupos que viram os programas com FHC associaram o presidente ao desemprego e ao aumento de preços de produtos básicos, como o gás de cozinha e o pão. Poucas pessoas citaram a estabilidade econômica como marca do governo tucano. Indireta Ao não usar o depoimento de FHC na TV, o comitê de Serra gerou um grande desconforto no Planalto. O presidente fez questão de divergir publicamente de declarações do candidato. Depois disso, os bombeiros de sempre foram acionados. Conforto espiritual Jorge Bornhausen diz que só tem uma coisa a fazer se Lula e Garotinho disputarem o segundo turno: "É melhor fugir e rezar", ironizou o presidente do PFL em conversa com aliados. Radiopatrulha Bornhausen investiga internamente se recursos do fundo partidário do PFL foram usados na fabricação de material de campanha de candidatos pefelistas que pedem voto para Lula na sucessão presidencial. Diz que é caso para expulsão. Acenos da direita Depois de Roseana Sarney no MA, foi a vez de parte do PFL-CE, liderada pelo deputado Roberto Pessoa, anunciar apoio a Lula e passar a distribuir santinhos com o nome do petista. Libido presa Em seminário sobre o sistema prisional no PNBE, Zulaiê Cobra (PSDB-SP) reclamou das visitas íntimas para presos de alta periculosidade: "Se a violência está inibindo até o sexo aqui fora, como vamos permitir que eles tenham lá dentro?". Herança tucana Aécio Neves (PSDB) tem dito em MG que, eleito, pedirá uma reunião dos novos governadores para firmar um pacto de sustentação ao futuro presidente, quem quer que seja ele. Diz que só assim o país conseguirá enfrentar a crise que, ele imagina, se agravará em 2003. Sonho de infância Aécio, que tem chances reais de vencer no primeiro turno em Minas, joga com a cabeça em 2006. Quer, desde o início do mandato, se consolidar como uma espécie de líder dos governadores para ganhar notoriedade nacional e se credenciar para a próxima disputa ao Planalto Questão de fidelidade Outdoors de Michel Temer, presidente do PMDB, colocados anteontem em São Paulo, não trazem o nome de José Serra. Santinhos enviados pelo correio a eleitores pelo deputado, que foi um dos fiadores da aliança com o PSDB, também não fazem menção ao presidenciável. Ponto crítico A equipe de marketing de Serra não pode nem ouvir falar no tucano Alberto Goldman. Disputa paulista Petistas pediram a Quércia que Lamartine Posella, candidato do PMDB ao governo, retirasse sua candidatura em favor de Genoino. O cacique do PMDB disse que o efeito poderia ser pior. O eleitorado de Posella, basicamente evangélico, tenderia a optar por Maluf ou Alckmin. Urgência eleitoral Tasso Jereissati (PSDB-CE) convocou ontem seus aliados para uma reunião de emergência. A vitória de Lúcio Alcântara (PSDB) no primeiro turno, que parecia garantida, está ameaçada com a subida de José Airton (PT) e de Sérgio Machado (PMDB). O tucano pediu mais empenho aos aliados. TIROTEIO De Oded Grajew, presidente do Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, sobre a cobertura da imprensa na campanha presidencial: - Se um ET baixasse no Brasil durante a campanha presidencial, teria certeza de que o país não tem problemas na área da educação nem na da saúde. Os repórteres só querem saber dos candidatos quem vai ser o ministro da economia e o presidente do Banco Central. CONTRAPONTO Ao pé da letra
A TV Globonews gravou ontem à tarde, em São Paulo, um
debate com os assessores econômicos dos quatro principais
candidatos à Presidência da República. |
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