DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A bancada do PSC (Partido Social Cristão) na Câmara cresceu 600% este mês, saltando de um para sete deputados e superando o Prona e o PV, ambos com seis parlamentares. O partido é da base aliada ao governo.
Metade das filiações foi de deputados vindos do PSB e ligados ao ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho, que trocou a legenda pelo PMDB. Os parlamentares não o acompanharam por terem divergências locais com o partido ou com planos para as eleições municipais do ano que vem.
Esse é o caso do deputado federal Pastor Amarildo (TO), eleito líder do PSC na Câmara, que será candidato à Prefeitura de Palmas. "Ele precisava de um partido para se consolidar", disse o deputado federal Renato Cozzolino (RJ), que até o mês passado era o único da bancada.
O partido negocia a entrada de mais dois parlamentares na próxima semana. Os integrantes da legenda, no entanto, falam em 15 deputados até o final do ano.
"Somos um grupo político próximo ao Garotinho. Éramos cerca de 20 deputados e nos diluímos entre o PMDB e o PSC. Estamos fazendo diferente agora, nossos companheiros estão na Executiva Nacional do partido [PSC], não somos figurantes. Isso para não levarmos um pé no traseiro de novo", disse o deputado federal Cabo Júlio (MG), que é pastor da Assembléia de Deus.
Ele se refere à expulsão de Anthony Garotinho do PSB, no final de junho, motivado pela disputa de poder com o presidente da legenda, Miguel Arraes (PE), e pela oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Discurso
Na última terça-feira, depois de o presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), anunciar a escolha do deputado Pastor Amarildo como líder da bancada do PSC, o líder do PFL, deputado José Carlos Aleluia (BA), fez um pronunciamento contra o troca-troca partidário.
"Acredito que a criação do partido é legítima, mas que deve vir das urnas. O PFL é um dos partidos que têm sido vítima da cooptação", disse Aleluia.
Para o PSC, os pefelistas perderam o deputado federal Costa Ferreira (MA).
(FERNANDA KRACOVICS)


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