São Paulo, terça-feira, 28 de setembro de 2004 |
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TODA MÍDIA Só falta o debate
NELSON DE SÁ
Nos EUA, os dias que precedem o primeiro debate presidencial, programado para quinta-feira, a exemplo daqui, são de violência crescente. Foi o que destacou ontem o "New York Times", citando "a intensidade dos comerciais de televisão no fim de semana". Para piorar, ontem uma pesquisa da CNN e do "USA Today" confirmou que diminui a dianteira de George W. Bush sobre John Kerry. As inserções de ambos são concentradas em "ataques" de parte a parte, sobre o Iraque. Mas para o debate não se devem esperar maiores agressões. Reportagens da "Time" (ilustração acima) ao "Miami Herald" ironizam o acordo de 32 páginas assinado por advogados das duas campanhas -com regras detalhadas que vão da posição das famílias de Bush e Kerry ("fila da frente, em diagonal ao candidato, diretamente na sua linha de visão") à proibição de mostrar um candidato durante a resposta do outro. Recorde Dia de boas novas. Na Globo, "a inflação em São Paulo cai pela quarta semana". Caiu "mais que o esperado", segundo a Folha Online. Por outro lado, na manchete do UOL, "superávit comercial encosta em US$ 25 bi e quebra recorde". Um "recorde histórico", diz a Folha Online. Antes mesmo dos números, o "Miami Herald", num dossiê sobre a economia brasileira, já dizia ontem que o crescimento "não poderia ser melhor para Lula", ele que vai enfrentar "um referendo" nas eleições. Apagão Mas basta de boas novas. Nas manchetes dos canais de notícia, um "blecaute". Ou, na Agência Nordeste, a palavra que marcou o último surto de crescimento: - Apagão atinge o Nordeste. Vaca louca Mais má notícia. O "Times" informou, a BBC Brasil reproduziu e a Globo On Line deu em manchete que a Grã-Bretanha exportou sangue com risco de vaca louca para o Brasil. Inexplicável Depois de Walter Salles, outros artistas brasileiros são incensados na mídia dos EUA. O escritor Paulo Coelho foi o tema de uma reportagem interminável no "Washington Post", em que é descrito como alguém "em paz com o inexplicável". O cantor e ministro Gilberto Gil foi tema, ao lado de Rita Lee, de uma crítica elogiosa de Jon Pareles, do "New York Times", pelo show da revista "Wired", dias atrás em Nova York, em apoio à polêmica flexibilização da propriedade intelectual. Texto Anterior: Lavoura arcaica: Ministério encontra e liberta trabalhadores Próximo Texto: Panorâmica - Regime militar: Governo destina R$ 2 mi para indenizações Índice |
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