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Empresa não
vê problemas
da Agência Folha
O presidente da indústria
Bratac S/A e da Associação
Brasileira das Indústrias de
Fiação de Seda, Antônio
Takao Amano, 55, disse à
Agência Folha que o trabalho infantil na sericicultura
é "uma questão familiar
que não tem nada a ver com
a empresa".
"Isso é por conta do produtor. Se utiliza criança, é
por conta dele. Deve-se
orientar esses produtores a
não utilizar essa mão-de-obra", disse Amano.
O empresário disse que
"talvez haja uma pequena
utilização" do trabalho infantil, mas seria, a seu ver,
"um trabalho leve", que
consistiria em alimentar os
bichos-da-seda com folhas
de amora.
Para iniciar a criação do
bicho, o produtor rural deve apresentar um projeto à
Bratac, que dá auxílio técnico e esclarece dúvidas,
antes de vender as larvas.
O gerente de depósito da
Bratac em Glória de Dourados, Osmar Perez, 38, disse
que a empresa tem se negado a aprovar projetos de famílias que utilizem
mão-de-obra infantil.
O gerente disse que vê
"com naturalidade" a
mão-de-obra infantil, porque o serviço "não é forçado" e "tira as crianças da
rua".
"Até já tive problemas
com produtores por causa
disso. Eles não concordam
em proibir as crianças."
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