São Paulo, Quinta-feira, 28 de Outubro de 1999
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AES deve investir US$ 350 milhões

da Reportagem Local

A empresa norte-americana AES pretende investir em São Paulo US$ 350 milhões nos próximos oito anos. Além disso, a companhia é obrigada, pelo contrato com o governo paulista, a gastar R$ 30 milhões em obras na hidrovia Tietê-Paraná.
Conforme prevê o edital, dos US$ 350 milhões, cerca de US$ 300 milhões serão empregados na ampliação em 15% da capacidade de geração de energia da companhia nos próximos oito anos. Outros US$ 50 milhões serão utilizados na modernização das usinas.
A empresa, que planeja uma reestruturação da Tietê, não descarta a possibilidade de demissões de funcionários. "Serão possíveis contratações e cortes. Vai depender das capacitações", disse o presidente da AES no Brasil, Luiz David Travesso.
As tarifas, que hoje são de US$ 18 por megawatt/hora, só poderão ser reajustadas, conforme a inflação, 12 meses após a venda.
Travesso admitiu, no entanto, que a energia a ser produzida depois que o sistema for ampliado deverá ter custo mais elevado, compatível com os valores cobrados pelo mercado internacional (US$ 34 por megawatt/hora).
A AES atua em 35 países e é a maior empresa privada produtora de energia do mundo, com 38 mil megawatts. O Brasil ocupa a segunda colocação entre os investimentos da empresa, ficando atrás dos Estados Unidos.
Segundo Travesso, a companhia já aplicou no país cerca de US$ 3,8 bilhões, sendo o maior investidor estrangeiro do setor elétrico no Brasil. A AES tem participação na Cemig, na Light e na Eletropaulo e em uma distribuidora de energia no Rio Grande do Sul.

Cesp Paraná
O governador Mário Covas (PSDB-SP) defendeu ontem a divisão da Cesp Paraná, a maior das três geradoras resultantes do processo de cisão da Cesp, antes de ser leiloada. Segundo ele, a empresa foi avaliada em R$ 5 bilhões. "Você vai limitando os concorrentes quando o preço é muito alto e ainda há a incorporação da dívida da companhia, que é de R$ 8 bilhões", justificou. (PZ e PA)


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