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PREVIDÊNCIA
Servidores estão parados há mais de 80 dias e governo diz ter só R$ 136 milhões anuais para negociar
Grevistas querem gratificação fixa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os servidores da Previdência
Social, que estão em greve há mais
de 80 dias, apresentaram durante
a semana uma proposta de criação de uma gratificação fixa para
corrigir a distorção salarial da categoria, o que representaria um
custo anual de R$ 336 milhões.
O governo diz que só teria R$
136 milhões anuais para negociar
com a categoria.
A proposta é utilizar esse valor
para criar uma gratificação por
desempenho específica para os
servidores da Previdência. Para
Vladimir Nepomuceno, diretor
do sindicato dos servidores, essa
gratificação é injusta porque funcionários com as mesmas funções
teriam salários diferentes.
Os grevistas insistem na gratificação fixa como forma de iniciar a
reestruturação da categoria e a
unificação das faixas salariais.
Hoje, 30% da categoria recebe um
valor adicional de 47,11% ganho
na Justiça como adiantamento do
plano de carreira.
A proposta do comando de greve é que esses servidores deixem
de receber os 47,11% em troca da
gratificação fixa, pois dessa forma
a categoria teria os níveis de vencimentos unificados.
Até o momento, o governo aceitou atender três reivindicações:
separar os servidores da Previdência do quadro geral dos servidores públicos, dar aumento de
9,5% e contratar inicialmente
mais 5.000 servidores.
Ontem, seria realizada em Brasília uma plenária nacional do comando de greve para informar
sobre as negociações com o governo e confirmar a continuidade
da paralisação.
Reflexos
Nesta semana, continuam as
reuniões entre o Ministério da
Previdência Social e os grevistas.
Desde o início da paralisação
dos servidores, mais de 700 mil
benefícios deixaram de ser concedidos, segundo o sindicato.
Dos 39 mil funcionários ativos,
34 mil estão parados, de acordo
com a Confederação Nacional
dos Trabalhadores da Seguridade
Social.
O Ministério da Previdência
não tem o número de funcionários em greve.
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