São Paulo, domingo, 28 de outubro de 2001

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PERFIL
Mendonça foi da AP, assim como Serra e Motta

DA REDAÇÃO

Nascido em São Paulo, em 1942, Luiz Carlos Mendonça de Barros iniciou sua vida pública no movimento estudantil, tendo presidido a União Estadual dos Estudantes quando estudava no Colégio Santa Cruz.
Estudou engenharia de produção na USP. Na época, passou a integrar a AP (Ação Popular), organização de estudantes católicos que pregava o socialismo. Também eram da AP José Serra e Sérgio Motta.
Concluiu o curso em 1966 e, no mesmo ano, fez pós-graduação em política de negócios na USP. Em 1967, tornou-se analista financeiro do Investbanco, instituição presidida, a partir de 1968, por Roberto Campos. Deixou o banco em 1972 para criar a corretora Patente. Em 1973, com José Roberto Mendonça de Barros, seu irmão, e Ibrahim Eris (presidente do BC na gestão Collor), fundou a Consultora MBE.
Em 1983, deixou a Patente para organizar o Planibanc. Em 1985, no governo José Sarney, assumiu uma diretoria do Banco Central, onde ficou até 1987.
Em 1993, associado a André Lara Resende, fundou o Matrix. Em março de 1995, foi acusado, sem provas, de ter obtido informações privilegiadas sobre a mudança no câmbio.
Em 6 de novembro de 1995, por indicação do ministro do Planejamento, José Serra, assumiu a presidência do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social). Administrou a privatização de 45 estatais. Após a morte de Sérgio Motta, em 19 de abril de 1998, assumiu o Ministério das Comunicações, em 30 de abril.
Em novembro, foram divulgados telefonemas de Mendonça de Barros que sugeriam que ele procurou ajudar o consórcio do Opportunity, ligado a seu amigo Pérsio Arida, no leilão da Telebrás. Desgastado, deixou o cargo em 23 de novembro. Na época, FHC planejava indicá-lo para o Ministério do Desenvolvimento, para contrabalançar a influência do ministro Pedro Malan. Chegou a ser convidado para a Petrobras, mas recusou. Hoje é sócio e editor do site "Primeira Leitura" e da revista "República".


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