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PERFIL
Mendonça foi da AP, assim como Serra e Motta
DA REDAÇÃO
Nascido em São Paulo, em
1942, Luiz Carlos Mendonça de
Barros iniciou sua vida pública
no movimento estudantil, tendo presidido a União Estadual
dos Estudantes quando estudava no Colégio Santa Cruz.
Estudou engenharia de produção na USP. Na época, passou a integrar a AP (Ação Popular), organização de estudantes católicos que pregava o
socialismo. Também eram da
AP José Serra e Sérgio Motta.
Concluiu o curso em 1966 e,
no mesmo ano, fez pós-graduação em política de negócios
na USP. Em 1967, tornou-se
analista financeiro do Investbanco, instituição presidida, a
partir de 1968, por Roberto
Campos. Deixou o banco em
1972 para criar a corretora Patente. Em 1973, com José Roberto Mendonça de Barros, seu
irmão, e Ibrahim Eris (presidente do BC na gestão Collor),
fundou a Consultora MBE.
Em 1983, deixou a Patente
para organizar o Planibanc. Em
1985, no governo José Sarney,
assumiu uma diretoria do Banco Central, onde ficou até 1987.
Em 1993, associado a André
Lara Resende, fundou o Matrix. Em março de 1995, foi acusado, sem provas, de ter obtido
informações privilegiadas sobre a mudança no câmbio.
Em 6 de novembro de 1995,
por indicação do ministro do
Planejamento, José Serra, assumiu a presidência do BNDES
(Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social).
Administrou a privatização de
45 estatais. Após a morte de
Sérgio Motta, em 19 de abril de
1998, assumiu o Ministério das
Comunicações, em 30 de abril.
Em novembro, foram divulgados telefonemas de Mendonça de Barros que sugeriam
que ele procurou ajudar o consórcio do Opportunity, ligado a
seu amigo Pérsio Arida, no leilão da Telebrás. Desgastado,
deixou o cargo em 23 de novembro. Na época, FHC planejava indicá-lo para o Ministério
do Desenvolvimento, para
contrabalançar a influência do
ministro Pedro Malan. Chegou
a ser convidado para a Petrobras, mas recusou. Hoje é sócio
e editor do site "Primeira Leitura" e da revista "República".
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