São Paulo, quinta-feira, 28 de outubro de 2004

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PAINEL

Sem menção
Bandeira de campanha dos tucanos na capital paulista e presente na LDO aprovada no primeiro semestre, o bilhete único do Metrô paulistano, o Metropass, não consta do Orçamento para 2005 enviado por Geraldo Alckmin à Assembléia.

Outro lado
Segundo o governo estadual, o Metropass não está no Orçamento porque será feito com recursos da iniciativa privada.

Auxílio rápido
Outdoors espalhados pela capital e bancados pelo governo federal: "Passa Rápido, mais conforto para a população de São Paulo". A obra, uma das vitrines de Marta Suplicy, foi feita com recursos do BNDES. Os tucanos recorreram à Justiça.

No meio do caminho
Em privado, nem os petistas estão tão confiantes nem os tucanos tão tranqüilos quanto querem aparentar com os últimos resultados das pesquisas. Para os primeiros, a aproximação de Marta ajuda, mas ainda não é um milagre. Os segundos sabem que ainda terão de suar.

Operação descida
Enquanto o PSDB se empenha para que os paulistanos fiquem na cidade no feriadão eleitoral, faixas da CET aconselhavam ontem o motorista a deixar a capital mais cedo hoje, apesar de a folga de amanhã ser apenas para os funcionários municipais.

Mão-de-obra importada
A boca-de-urna do PT na capital paulista receberá reforço de outros Estados no domingo. Um grupo de militantes do Paraná já está instalado em um hotel do centro da cidade.

Bola da vez
Sai Gilberto Kassab, entra Platão Fischer-Pühler. O ex-secretário-adjunto do Ministério da Saúde na gestão Serra, investigado pela PF no caso da Máfia dos Vampiros, pode virar tema de Marta Suplicy no debate de amanhã à noite na TV Globo.

Na UTI
O PSDB paulista avalia como muito difícil a situação de seus candidatos em Campinas, onde o Carlos Sampaio disputa com Dr. Hélio (PDT), e em Osasco, cidade da Grande São Paulo que tem o petista Emídio de Souza à frente de Celso Giglio.

Sem marola
Surpreendida pelo tiroteio entre Carlos Lessa e economistas tucanos a respeito do monopólio do BNDES sobre o uso dos recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador, a Fazenda quer deixar claro: não tem a menor intenção de "privatizar" a administração do dinheiro do FAT.

Fé de torcedor
Sitiado por MPs, João Paulo persiste. Segundo ele, assim como o seu São Paulo recuperou-se no Brasileiro, a Câmara limpará a pauta até dezembro.

Promissória vencida
Líderes partidários derrubaram a proposta de descontar de seus salários os dias perdidos de votação na Câmara. E só topam conversar depois que o governo saldar compromissos eleitorais.

Lenta e gradual
Depois de conversar com Lula sobre a abertura dos arquivos da ditadura, o presidente da Câmara, João Paulo Cunha, fechou-se em copas: "Não é para andar rápido, é para andar bem".

Anatomia comparada
Por enquanto, a negociação com os militares é um termo de compromisso. Primeiro, será feita a comparação entre a legislação do Brasil sobre abertura de arquivos com a de outros países. Só então sairá um texto comum.

Visita à Folha
Marcelo França, presidente da Teletech, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Marcia Schuler, da MSchuler & Associados Comunicação Empresarial.

TIROTEIO

Do prefeito do Rio, Cesar Maia (PFL), sobre as evidências de uso da máquina na eleição em Campos, base política de Anthony Garotinho e Rosinha:
-Nem reunindo os piores exemplos da República Velha chegaremos tão longe. É pior que morto votando. É matar a cidadania do eleitor em vida.

CONTRAPONTO

Que bicho deu?

Ao encerrar uma palestra na Universidade Federal do Pará nesta semana, o publicitário Lula Vieira avisou à platéia que iria a um dos restaurante de Belém saborear um prato típico da região Norte do país, o casquinho de muçuã, uma espécie de pequena tartaruga de água doce.
Da platéia, uma professora o advertiu de que a degustação da muçuã, ameaçada de extinção, estava proibida, e que ele poderia cometer um crime.
O publicitário, autor de livros e apresentador de programas no rádio e na TV, aproveitou para brincar com o colega Duda Mendonça, preso na última quinta-feira em uma rinha de galos no Rio de Janeiro:
-Eu vou comer uma de cativeiro. Não quero correr o risco de encontrar o Duda Mendonça na prisão. Imagine o diálogo:
-Lula, o que aconteceu?
-Tartaruga. E você?
-Galo.


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