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Mais papéis vão surgir,
afirma ex-araponga
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ex-araponga do Exército, o cabo reformado José Alves Firmino
disse ontem à Comissão de Direitos Humanos da Câmara, que documentos sobre a ditadura militar
(1964-1985) virão à tona porque
agentes do serviço de inteligência
os retiraram das dependências
das Forças Armadas. Segundo ele,
há arquivos nas dependências do
Exército em Brasília e em Goiânia.
Em 1997, Firmino encaminhou
à Comissão de Direitos Humanos
da Câmara três caixas com informações sobre o regime militar,
entre elas fotos de um homem nu,
publicadas como sendo do jornalista Vladimir Herzog antes de ser
morto nos porões da ditadura. O
governo negou que seja Herzog.
As fotos seriam de um padre.
"Ainda vão aparecer outros documentos porque outros agentes
guardaram, inclusive sobre pessoas mortas no Distrito Federal",
disse Firmino em audiência pública na Câmara. O Exército, por
meio de sua assessoria de imprensa, informou que não iria se pronunciar sobre o depoimento.
Firmino declarou ter recebido
as três caixas de documentos em
sua casa em Goiânia em 1995, e
desconfia que foram entregues
por um oficial do Exército. Disse
que decidiu falar porque foi torturado pela corporação em retaliação a seu desejo de entrar na Justiça contra o Exército. Ele recebe
um terço dos vencimentos de um
cabo e quer o salário integral.
"Tenho certeza que há documentos sobre o regime militar
porque os vi tanto em Brasília
quanto em Goiânia. Foram todos
catalogados e colocados em capa
dura como se fossem livros. Dá
para encher alguns caminhões."
Em Brasília esses documentos estariam no Pavilhão 31 de Março.
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