São Paulo, quinta-feira, 28 de outubro de 2004

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Baixaria foi marca da campanha

DO ENVIADO ESPECIAL A BARROQUINHA

A eleição em Barroquinha foi marcada pela baixaria e por uma série de acusações da oposição sobre a manipulação do pleito. Em vez de explicar as suas propostas, os candidatos pagavam carros de som para correr o município para hostilizar o adversário.
Aline Veras (PSDB) era chamada pelos opositores de "cabritinha". Durante todo o dia, um carro de som pago por correligionários de Ademar Pinto (PTB) tocava um refrão de um forró conhecido na região: "Eu gosto de mamar no peito da cabritinha".
Os aliados de Aline deram a resposta. Um veículo andava pela cidade tocando um outro forró: "Corre veado/corre veado/Se não te como cozido ou ensopado", dizia o refrão. "Política do interior sempre foi assim. Não podia ser diferente agora", disse Aline.
A oposição também atribui a derrota à suposta chegada na cidade vizinha de 12 ônibus alugados pelo prefeito Jaime Veras vindos de Fortaleza. Ademar perdeu por pouco mais de 700 votos. Eles acusam o prefeito de pressionar os moradores para votar em Aline. Caso contrário, Jaime cortaria os os programas sociais do governo federal. "Foi muito pesado o clima na cidade. Estamos juntando provas para entrar com uma representação no TRE", disse o vereador Toinho Gomes, um dos líderes da oposição.


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