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Grupo de elite do MST prepara as invasões no RS
SIMONE IGLESIAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
Com base em investigações e
depoimentos de testemunhas,
a Agência de Inteligência da
Brigada Militar detectou a
atuação de uma espécie de grupo de elite do MST, armado e
encapuzado, durante invasões
de fazendas no interior do Rio
Grande do Sul. O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) nega.
Segundo a Brigada Militar,
grupo de aproximadamente
dez homens armados faz batidas antes das invasões, geralmente de madrugada, para expulsar caseiros, capatazes ou
famílias que estão no local.
Esse grupo foge do local antes de, algumas horas mais tarde, chegarem os ônibus com famílias de sem-terra -carregando instrumentos de trabalho
como enxadas e foices- para a
invasão propriamente dita.
Um tenente da Brigada Militar, que preferiu não se identificar, afirmou que a polícia não
consegue deter o grupo armado
porque as propriedades invadidas são de difícil acesso, o que
dificulta o flagrante. Segundo
ele, os homens chegam armados com revólveres e espingardas, mas também pegam armas
dos fazendeiros e capatazes.
A presença desse grupo armado passou a ser investigada
neste ano, a partir do relato de
testemunhas. A atuação do grupo de elite limpa o terreno e facilita a entrada dos invasores,
segundo a polícia, e ainda permite que os representantes do
movimento digam que a tomada da fazenda foi feita por famílias desarmadas.
O modus operandi descrito
pela Agência de Inteligência é
rejeitado pelo MST. O movimento nega que atue dessa forma ou que pessoas ligadas ao
movimento entrem com armas
de fogo nas fazendas. Os conflitos entre polícia, ruralistas e
sem-terra vêm se acentuando
no Estado neste ano. Ficaram
feridos 33 sem-terra, 8 policiais
e nenhum ruralista.
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