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Dívida pode frear investimentos no município do Rio
DA SUCURSAL DO RIO
As promessas do prefeito eleito do Rio, Eduardo
Paes, poderão esbarrar
num velho obstáculo que
desde sempre separa o discurso dos políticos da prática dos administradores
públicos: Orçamento. Só a
parcela da dívida municipal com a União a ser paga
no ano que vem é de R$
700 milhões.
Além disso, os economistas consultados pela
Folha dizem que o crescimento da arrecadação nos
últimos anos esteve centrado nas receitas do ISS
(Imposto Sobre Serviços)
-taxa muito sensível ao
nível de atividade econômica-, que sentirão os
efeitos da desaceleração
provocada pela crise financeira internacional.
O prefeito Cesar Maia,
por e-mail, diz que o pagamento da dívida não é um
problema, porque ela tem
"teto" de 11% do Orçamento, seja qual for o tamanho
dele, e que, embora a arrecadação com o ISS esteja
crescendo menos, continua acima da inflação.
A previsão é de que o Orçamento de 2009 fique na
casa dos R$ 10 bilhões.
Desse total, os recursos
para investimentos, na
melhor das hipóteses, devem ficar em R$ 740 milhões, mas boa parte estará comprometida com
gastos fixos, como o da
conclusão da Cidade da
Música, orçada em mais de
R$ 500 milhões.
"É um orçamento equilibrado, mas muito questionável do ponto de vista
dos investimentos priorizados. E sempre há a
ameaça de um péssimo
costume: o do governante
que está saindo raspar o
fundo do tacho", diz Istvan
Kasznar, economista da
Fundação Getúlio Vargas.
O economista Luis Mário Pehnken, técnico da
Câmara Municipal especializado em Orçamento,
afirma que o grande peso
da dívida do município
junto à União (cerca de R$
8 bilhões no total) é resultado de um "mau acordo"
feito na gestão de Luiz
Paulo Conde (1997-2000).
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