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Líder do PT descarta ajuste salarial
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em reunião com representantes de entidades dos servidores
públicos federais, o líder do PT na
Câmara dos Deputados, João
Paulo Cunha (SP), descartou ontem a "reposição salarial emergencial" de 25,72% reivindicada
pela categoria, alegando não ter
"margem de manobra" na proposta orçamentária para 2003 em
tramitação no Congresso.
Com críticas à política do governo Fernando Henrique Cardoso
para os servidores públicos nestes
oito anos de mandato e fazendo
uma avaliação pessimista da situação econômica no primeiro
ano do governo de Luiz Inácio
Lula da Silva, o líder e outros deputados do PT foram evasivos
quanto aos demais pleitos do funcionalismo.
Sem margem
O deputado Jorge Bittar (PT-RJ), representante do PT na Comissão Mista de Orçamento, disse
aos representantes da Cnesf
(Coordenação Nacional das Entidades de Servidores Federais) que
nem mesmo o reajuste salarial geral de 4% em 2003 proposto pelo
governo FHC no projeto orçamentário está previsto para todos
os servidores.
"Esse é o Orçamento de FHC e
de sua política econômica. Estamos sem muita margem de manobra dentro do Orçamento. E
vamos assumir um governo com
situação econômica absolutamente deplorável. A inflação chega à casa dos 10%. E vamos levar
tempo para passar de uma economia para outra", afirmou o deputado João Paulo.
Luta continua
Tato Andrade, representante
dos professores universitários
(Andes/Sindicato Nacional), afirmou que os servidores públicos
vão continuar lutando pela reposição de 25,72%, considerada
emergencial para recuperar perdas salariais passadas.
Segundo ele, as perdas acumuladas durante os oito anos do governo FHC foram de aproximadamente 95%.
Apesar da posição dos deputados petistas, os sindicalistas acharam positivo ao menos o reinício
de negociações com o partido e a
promessa de que haverá negociações da categoria com a equipe de
transição do governo Lula.
A expectativa deles é que o interlocutor que mediará as negociações seja indicado hoje.
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