SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O setor financeiro doou ao candidato do PSDB à Presidência, José Serra, o dobro do que liberou para a campanha do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), segundo as prestações de contas entregues ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A soma das contribuições de bancos, financeiras, seguradoras e bolsas de valores ao tucano é R$ 9,747 milhões. O total das doações de instituições financeiras ao petista é R$ 4,999 milhões.
Quatro instituições deram R$ 1 milhão ou mais a Serra: Itaú (R$ 2,2 milhões), Banco de Crédito Real de Minas Gerais (R$ 1,5 milhão), Banespa, adquirido pelo Santander, (R$ 1,4 milhão) e Votorantim Financeira (R$ 1 milhão), do empresário Antônio Ermírio de Moraes.
Nas contas apresentadas por Lula, o limite de R$ 1 milhão no setor financeiro só foi ultrapassado pelo Banespa, que contribuiu com valor idêntico ao recebido por Serra: R$ 1,4 milhão.
Em 1998, quando Lula foi derrotado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso no primeiro turno pela segunda vez, FHC recebeu R$ 2,6 milhões do Itaú, o seu principal doador, que contribuiu com R$ 175 mil na campanha do petista.
A eleição deste ano foi marcada por forte reação do mercado financeiro à possibilidade de vitória de Lula, provocando a alta do dólar, que chegou a quase R$ 4. Tradicionalmente, as instituições financeiras estão entre os principais doadores de campanha.


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