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Petista defende
o controle das tarifas públicas
DA REPORTAGEM LOCAL
O presidente eleito, Luiz Inácio
Lula da Silva, afirmou ontem, em
São Paulo, que o governo federal
não poderá permitir o aumento
das tarifas públicas como uma
forma de também contribuir para
o controle de inflação.
"Estou convencido de que todos
nós saberemos controlar a inflação. A partir do governo, que não
pode aumentar os preços por ele
mesmo controlados", declarou o
presidente eleito, ao deixar o prédio em que morava até ontem, em
São Bernardo do Campo (SP).
Lula não deu detalhes, entretanto, de como pretende controlar
esses valores já que, por contrato,
tarifas como as de energia elétrica
e de telefonia (móvel e fixa) podem ser reajustadas pela inflação.
Na campanha, o PT defendeu
uma renegociação desses contratos que permitisse desatrelar possíveis aumentos do dólar. A afirmação de Lula foi feita um dia depois da divulgação do maior índice de inflação desde o início do
Plano Real, segundo medição realizada pelo IGP-M em 2002.
O índice, calculado pela Fundação Getúlio Vargas, chegou a
25,31% no acumulado deste ano,
contra 10,38% no ano passado.
Também ontem foi revelada estimativa feito pelo Banco Central
(BC) de que haverá um aumento
médio de 30,3% nas tarifas de
energia elétrica em 2003 devido à
alta do IGP-M, que corrige a
maioria dos contratos do setor.
O reajuste previsto para as tarifas públicas, que respondem de
modo direto a eventuais desvalorizações do real, é uma das principais fontes de pressão sobre os índices de inflação. A previsão é a de
que, ao todo, o conjunto de tarifas
públicas deva sofrer um aumento
de 13,04% no próximo ano.
"A partir do dia 1º vai entrar
uma nova equipe, novos ministros, e vamos começar a pensar
em como fazer as coisas melhorarem para o Brasil. O importante é
que estou muito otimista e acho
que vamos fazer este país andar
para a frente", disse Lula.
(PATRICIA ZORZAN)
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