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Aldo se articula para conter avanço de petista
LETÍCIA SANDER
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
De Alagoas, onde passou o feriado de Natal, o presidente da
Câmara dos Deputados, Aldo
Rebelo (PC do B-SP), deu início
a uma série de articulações para viabilizar sua campanha à
reeleição, em reação ao avanço
da candidatura do líder do governo na Casa, o petista Arlindo
Chinaglia (SP).
A idéia de Aldo é percorrer
alguns Estados no início de janeiro, aproveitando o período
de recesso no Congresso. Aliados devem se reunir com ele
nos próximos dias para definir
estratégias para a disputa.
O grupo quer evitar a consolidação do nome de Chinaglia,
que, na semana passada, praticamente firmou um acordo
com o PMDB -o partido o
apoiaria agora para que, daqui
dois anos, o PT apoiasse um
peemedebista para o cargo.
Ontem, o deputado Eliseu
Padilha (PMDB-RS), ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso, afirmou que
trabalhará pela eleição de Chinaglia. "Estou com o Michel
[Temer, presidente do PMDB].
Temos de garantir os próximos
dois anos."
Aldo tem conversado diariamente por telefone com seus os
aliados na disputa pela reeleição. O grupo avalia que Chinaglia não tem condições de reunir o apoio em massa do PMDB
à candidatura petista.
Por isso, os aliados de Aldo
têm dito que ele vai enfrentar
Chinaglia no voto. O deputado
Ciro Nogueira (PP-PI) foi escalado para fazer as sondagens do
potencial de votação dos dois
candidatos.
"Não devemos ainda descartar a hipótese de ter candidatura única. Mas, consolidando as
duas, Aldo parte de uma possibilidade maior entre partidos e
figuras que agregam votos",
afirmou o deputado Renato Casagrande (PSB-ES).
O próprio Aldo têm afirmado
que há pelo menos dez petistas
que o apóiam. A eleição da nova
Mesa Diretora será no dia 1º de
fevereiro. Aldo oficializou sua
candidatura na sexta-feira, em
conversa com o presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
Até agora, Aldo conta com o
PSB e o PC do B, partidos que
juntos somam 30 deputados.
Parcelas de PP, PR, PTB e
PMDB também o apóiam. Diferentemente de Chinaglia, Aldo
tem a simpatia de parte significativa da oposição, sobretudo
do PFL e de tucanos ligados ao
prefeito eleito de São Paulo, José Serra (PSDB).
Em outra frente, Chinaglia
pretende enviar, na próxima
semana, uma carta a partidos
aliados, explicando as razões de
sua candidatura. A idéia é primeiro enviar a carta ao próprio
PT, depois ao PMDB, e então
aos demais partidos que compõem a base governista.
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