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Multas totalizam R$ 27,39 milhões
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
Além das penas de prisão, a sentença em primeira instância do
caso Nacional divulgada ontem
puniu os 14 condenados com
multas que somam R$ 27,39 milhões. A maior de todas -R$
10,76 milhões- foi aplicada ao
ex-presidente do banco, Marcos
Catão de Magalhães Pinto. Ele
também recebeu a maior pena de
reclusão: 28 anos, 10 meses e 20
dias, em regime fechado.
A decisão judicial é de primeira
instância. Por isso, as multas só
serão pagas quando não houver
mais possibilidade de recurso.
A segunda maior condenação
foi para Arnoldo Souza de Oliveira, ex-diretor-superintendente do
banco, considerado pelo juiz o
"arquiteto do esquema de fraudes" que resultou em um rombo
de superior a R$ 9 bilhões. Oliveira foi condenado a 27 anos e 10
meses de prisão, em regime fechado, e multa de R$ 10,34 milhões.
Clarimundo José Sant'Anna,
considerado responsável pela
"execução do esquema de fraudes", recebeu pena de 25 anos e 4
meses de prisão, em regime fechado, mas sua multa foi bem menor,
equivalente a R$ 203,22 mil.
As multas combinadas com as
penas de prisão foram distribuídas pelo juiz levando em conta "a
situação financeira do sentenciado". Assim, Antônio de Pádua
Rocha Diniz, ex-presidente do
Conselho de Administração do
Nacional, que recebeu a segunda
menor pena de prisão -3 anos, 9
meses e 10 dias-, foi multado no
equivalente a R$ 4,79 milhões.
A pena de prisão de Diniz foi
transformada pelo juiz em prestação de serviços à comunidade e
no pagamento de uma espécie de
outra multa, a serem fixadas na
época da execução da pena.
As multas das sentenças foram
calculadas em dias-multas, com
base no valor do salário mínimo
da época em que ocorreram os fatos. De acordo com o juiz, como
os valores originais serão corrigidos, a melhor aproximação é
multiplicar os números pelo salário mínimo de hoje.
Imaturo
O juiz Moliari, chamado de imaturo pelo advogado de Magalhães
Pinto, Nélio Machado, afirmou
que essa não era a opinião de Machado algum tempo atrás. Segundo o juiz, durante uma audiência,
há alguns meses, o advogado convidou-o a "mudar de lado" e trabalhar no seu escritório.
Moliari disse não achar que
houve tentativa de suborno. "Foi
apenas malandragem de advogado para tentar conquistar a simpatia do juiz", afirmou.
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