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Economista cumpre prisão semi-aberta
Pivô de escândalo
obtém emprego
ABNOR GONDIM
da Sucursal de Brasília
O economista José Carlos Alves dos Santos, 55, pivô do escândalo do Orçamento e condenado a 20 anos de prisão pela
morte de sua mulher, Ana Elizabeth Lofrano, obteve da Justiça autorização para trabalhar
na imobiliária do seu advogado
Joaquim Flávio Spíndula, 47.
No último dia 13, a juíza substituta da Vara de Execuções Penais, Giselle Ribas, determinou
que o ex-diretor de Orçamento
do Congresso Nacional fosse
beneficiado com o regime semi-aberto de prisão por já ter
cumprido um sexto da pena.
De segunda a sábado, Alves
dos Santos vai a Planaltina, a 40
km de Brasília, para trabalhar,
das 10h às 19h, como assistente
da diretoria da imobiliária.
"Na prisão, eu li muito a Bíblia e quero começar uma vida
nova", disse o economista, que
foi contratado por R$ 600 mensais -quase 10% da sua aposentadoria como funcionário
do Congresso.
Depois do trabalho, Alves
dos Santos tem de retornar até
as 20h ao 3º Batalhão da Polícia
Militar do Distrito Federal, onde está preso há quatro anos.
Em 93, ele se tornou famoso
ao denunciar a manipulação de
verbas do Orçamento da
União. O caso resultou na cassação de seis deputados.
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