São Paulo, quinta, 29 de janeiro de 1998

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Economista cumpre prisão semi-aberta
Pivô de escândalo obtém emprego

ABNOR GONDIM
da Sucursal de Brasília

O economista José Carlos Alves dos Santos, 55, pivô do escândalo do Orçamento e condenado a 20 anos de prisão pela morte de sua mulher, Ana Elizabeth Lofrano, obteve da Justiça autorização para trabalhar na imobiliária do seu advogado Joaquim Flávio Spíndula, 47.
No último dia 13, a juíza substituta da Vara de Execuções Penais, Giselle Ribas, determinou que o ex-diretor de Orçamento do Congresso Nacional fosse beneficiado com o regime semi-aberto de prisão por já ter cumprido um sexto da pena.
De segunda a sábado, Alves dos Santos vai a Planaltina, a 40 km de Brasília, para trabalhar, das 10h às 19h, como assistente da diretoria da imobiliária.
"Na prisão, eu li muito a Bíblia e quero começar uma vida nova", disse o economista, que foi contratado por R$ 600 mensais -quase 10% da sua aposentadoria como funcionário do Congresso.
Depois do trabalho, Alves dos Santos tem de retornar até as 20h ao 3º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal, onde está preso há quatro anos.
Em 93, ele se tornou famoso ao denunciar a manipulação de verbas do Orçamento da União. O caso resultou na cassação de seis deputados.



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