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Coronel se
diz inocente
da Agência Folha, em Maceió
O coronel da Polícia Militar Manoel Cavalcante se
diz vítima de perseguição
política e afirma que não há
provas contra ele nos inquéritos e no processo sobre roubo de carros.
"O coronel é polêmico,
destemido, muito próximo
ao Palácio dos Martírios
(sede do governo alagoano), mas antigos aliados se
voltaram contra ele temendo sua força nas urnas",
afirmou ontem o advogado
de Cavalcante, Givan de
Lisboa Soares.
Após um depoimento que
durou três horas aos 13 juízes que acompanham o caso, o coronel afirmou que
só daria declarações aos jornalistas depois que o caso
fosse encerrado.
Cavalcante passou os últimos dez anos tentando se livrar de outras suspeitas. Em
duas delas chegou a responder processo, mas foi absolvido por falta de provas.
Segundo seu advogado,
Cavalcante será absolvido
novamente.
Depois da morte de Paulo
César Farias, ele é considerado o principal "arquivo
vivo" do Estado. "O coronel serviu a vários governos. Tomou decisões e
cumpriu ordens. É um homem bem informado."
Cavalcante liderou a proteção ao então governador
Divaldo Suruagy (PMDB)
quando policiais entraram
em conflito com o Exército,
em junho passado.
(AC)
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