São Paulo, quinta, 29 de janeiro de 1998

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Coronel se diz inocente

da Agência Folha, em Maceió

O coronel da Polícia Militar Manoel Cavalcante se diz vítima de perseguição política e afirma que não há provas contra ele nos inquéritos e no processo sobre roubo de carros.
"O coronel é polêmico, destemido, muito próximo ao Palácio dos Martírios (sede do governo alagoano), mas antigos aliados se voltaram contra ele temendo sua força nas urnas", afirmou ontem o advogado de Cavalcante, Givan de Lisboa Soares.
Após um depoimento que durou três horas aos 13 juízes que acompanham o caso, o coronel afirmou que só daria declarações aos jornalistas depois que o caso fosse encerrado.
Cavalcante passou os últimos dez anos tentando se livrar de outras suspeitas. Em duas delas chegou a responder processo, mas foi absolvido por falta de provas.
Segundo seu advogado, Cavalcante será absolvido novamente.
Depois da morte de Paulo César Farias, ele é considerado o principal "arquivo vivo" do Estado. "O coronel serviu a vários governos. Tomou decisões e cumpriu ordens. É um homem bem informado."
Cavalcante liderou a proteção ao então governador Divaldo Suruagy (PMDB) quando policiais entraram em conflito com o Exército, em junho passado. (AC)



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