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ELDORADO DO CARAJÁS
Juiz anuncia
afastamento
do caso
da Agência Folha, em Belém
O juiz Ronaldo Valle, que presidiu a primeira sessão do julgamento dos acusados pelo massacre de Eldorado do Carajás (PA),
anunciou ontem a decisão de se
afastar do caso.
O julgamento tem como réus
150 policiais militares, acusados
de matar 19 sem-terra durante desobstrução da rodovia PA-150, no
dia 17 de abril de 1996.
Valle absolveu os três principais
comandantes da operação: o coronel Mário Colares Pantoja, o
major José Maria Oliveira e o capitão Raimundo Almendra Lameira.
O juiz atribuiu sua saída às
"acusações levianas, desprovidas
de qualquer fundamento e imensuravelmente desrespeitosas" feitas pelo promotor Marco Aurélio
Nascimento, que o acusou de ser
"parcial".
Ele disse também que não concorda com as pressões internacionais pela "condenação de qualquer maneira" dos envolvidos no
caso. "Absolvição também é justiça", declarou.
O afastamento foi anunciado
um dia depois de o TJ (Tribunal
de Justiça) negar pedido do Ministério Público para tirá-lo do
processo. "Decidi sair depois para
que não dissessem que eu estava
me esquivando do julgamento".
O MP havia pedido a saída acusando-o de parcialidade, já que
Valle discutiu com parlamentares
petistas ligados ao MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra) durante uma reunião.
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