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Servidores do DNER levam multa do TCU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Tribunal de Contas da União
puniu sete funcionários do DNER
(Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) envolvidos
no escândalo dos precatórios.
Os funcionários foram proibidos de exercer cargos de confiança ou comissionados no serviço
público por oito anos. Cada um
recebeu multa de R$ 10.133.
Os sete foram considerados culpados pelo pagamento irregular
de dívidas judiciais. O esquema de
pagamentos irregulares foi revelado em 1999 pela Folha.
Recursos previstos no Orçamento para pagar precatórios (dívidas judiciais) foram desviados
para quitar dívidas que ainda poderiam ser contestadas na Justiça.
Para antecipar o pagamento,
funcionários do DNER exigiam
comissão. Em apenas um dos casos revelados pela reportagem, a
propina atingiu R$ 1,4 milhão.
Entre os funcionários punidos
estão dois ex-diretores do DNER:
Genésio Bernardino, que deixou
o cargo na semana passada e assumiu uma vaga na Câmara, e Maurício Hasenclever Borges.
Ainda cabe recurso no próprio
TCU. Se a condenação for mantida, eles podem recorrer à Justiça.
A punição do TCU foi mais dura do que a do Ministério dos
Transportes. No ano passado,
após 11 meses de investigação, o
ministério concluiu que não houve pagamentos acima dos valores
devidos, apenas antecipação.
Na ocasião, apenas três funcionários foram punidos. Os outros
quatro funcionários do DNER
punidos ontem foram absolvidos
pelo ministério.
Segundo o ministro do TCU
Walton Alencar Rodrigues, relator do processo, a auditoria constatou pagamentos de precatórios
fora da ordem cronológica e pagamentos decorrentes de acordos
extrajudiciais ou de ações judiciais em curso.
Rodrigues disse que "as justificativas apresentadas para o pagamento de precatórios fora da ordem cronológica não foram suficientes para afastar a ilegalidade
praticada". O parecer foi acatado
por unanimidade pelo plenário.
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