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São Paulo, sábado, 29 de março de 2003

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BAHIAGATE

Advogada namorou ACM

Heloísa Helena exige que Adriana deponha

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A senadora Heloísa Helena (PT-AL) vai insistir que o Conselho de Ética do Senado ouça o depoimento da advogada Adriana Barreto, ex-namorada do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), na investigação de seu suposto envolvimento nos grampos telefônicos da Bahia.
A petista disse que só vai aguardar o depoimento dos jornalistas da revista "IstoÉ" Luiz Cláudio Cunha e Weiller Diniz no conselho, marcado para a próxima quinta-feira, para propor que Adriana seja convidada a depor.
"Só duas testemunhas alegam que o senador confirmou a elas ser o autor do grampo: Adriana Barreto e Luiz Cláudio Cunha. Então os dois têm de ser ouvidos", afirmou.
Há uma tendência no Senado, inclusive na bancada do PT, de não chamar a advogada ao conselho para evitar um eventual espetáculo constrangedor. Os líderes argumentam que é dispensável ouvir Adriana, porque ela já depôs na Polícia Federal. Cunha ainda não foi ouvido pela PF. "Não quero saber da vida pessoal de ninguém. Se não quiserem fazer a reunião pública, que seja fechada. O que não aceito é hierarquia de testemunhas", disse a senadora.
O presidente do Conselho de Ética, Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS), quer que os jornalistas da "IstoÉ" apresentem na reunião de quinta a fita -que dizem possuir- com a suposta conversa telefônica gravada, na qual ACM se comprometeria com a escuta clandestina. "O que eles tiverem como prova, devem apresentar na quinta", disse Fonseca. O depoimento foi marcado para às 10h, horário considerado bom pelo presidente do conselho, prevendo que o testemunho dos dois jornalistas "vai longe".


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